Pôster do “ano” da Bélgica na Opening Ceremony e ilustração publicada na entrevista que Humberto Leon fez com Raf Simons ©Reprodução
Após explorar o Japão, a Coreia do Sul, a Argentina e o Reino Unido, a Opening Ceremony, fundada em 2002 por Carol Lim e Humberto Leon, celebra a Bélgica. Este ano, o pequeno país, localizado na parte ocidental da Europa, ganha destaque nas araras das lojas da multimarcas em Nova York, Los Angeles e Londres, além, é claro, das de seu e-commerce.
Em seu site, a Opening Ceremony afirma que não apenas designers belgas conhecidos internacionalmente, como Raf Simons, Veronique Branquinho e Dries Van Noten, serão contemplados. Jovens talentos do país, como Ek Thongprasert e Christian Wijnants, serão apresentados aos clientes da multimarcas.
O “Style”, inclusive, aponta que não poderia haver momento mais oportuno para tal “homenagem”, já que, em 2013, a Academia Real de Ciências e de Belas Artes da Bélgica completa 350 anos. Outros fatos que contribuem para a escolha da Opening Ceremony são a volta de Veronique Branquinho às passarelas e a retrospectiva que, em breve, Dries Van Noten ganhará no Musée Galliera, em Paris.
Nos anos 1980, um grupo de seis designers se formou na Academia e trouxe uma nova visão à moda, mais radical, fria e minimalista. Ann Demeulemeester, Dries Van Noten, Dirk Van Saene, Dirk Bikkembergs, Walter Van Beirendonck e Marina Yee foramaram o grupo conhecido como The Antwerp Six. O grande lançamento dessa estética aconteceu no meio da década quando eles mostraram suas coleções em Londres. O minimalisto se manteve pelos anos 1990 com a chegada de Martin Margiela, também belga, e do austríaco Helmut Lang. Hoje, essas duas marcas, mais Dries e Demeulemeester, desfilam na semana de moda de Paris.