Daniela Braga no backstage da 2nd Floor ©Felipe Abe/FFW
Um dos rostos mais expressivos da nova geração de modelos brasileiras, Daniela Braga, da ELO Management, também é dona de uma personalidade adorável. De caixa de uma farmácia em Taboão da Serra, São Paulo, à queridinha de Riccardo Tisci e Carine Roitfeld, ela esbanja sua exótica beleza nos backstages do Fashion Rio, onde conversou nesta quinta-feira (08.11) com o FFW sobre o início de sua carreira, a relação com a Givenchy e sua paixão por música sertaneja.
Você ficou muito conhecida por causa da Givenchy, mas como começou sua carreira?
Antes de começar a modelar, eu trabalhava em uma farmácia, era caixa dessa farmácia e começaram a surgir várias propostas de agências e scouters diferentes, mas eu nunca planejei nada. Daí, depois de muitas propostas, eu pensei que não tinha nada a perder. E realmente eu só ganhei com essa decisão. Foi tudo muito rápido, só estou modelando há um ano e dois meses, no máximo, e já aconteceram coisas muito boas na minha vida, uma delas foi ter conhecido duas pessoas maravilhosas: o Riccardo Tisci, diretor criativo da Givenchy, e a Carine Roitfeld. Amo os dois de paixão, não tenho palavras para descrevê-los.
As propostas que você recebia eram de pessoas que frequentavam a farmácia onde você trabalhava?
Exatamente, como eu era caixa todo mundo automaticamente passava por mim. Recebia muitas propostas, todas muito diferentes umas das outras, de alguém que conhecia alguém de uma agência, ou de gente que trabalhava em agência, então era bem diversificado o tipo de pessoas que me entregavam cartõezinhos.
Daniela Braga no backstage da 2nd Floor ©Felipe Abe/FFW
Com que idade você decidiu arriscar e aceitar uma dessas propostas?
Eu estava com 18, quase 19 anos. Pensei que já estava em uma idade boa, já tinha terminado os meus estudos e já sabia o que era certo e o que era errado. Eu estava fazendo faculdade de Recursos Humanos, daí tive que parar para modelar.
Você pretende voltar a cursar a faculdade algum dia?
Não sei. Modelar consume muito tempo, a gente tem que estar sempre disponível, então acho que por agora não pretendo voltar, mas se um dia voltar, volto a cursar RH.
Quando você estava na escola, sofria porque era muito alta e magra?
Eu acho todas as modelos sofreram. É muito estranho para as pessoas; o normal é ter uma altura mediana e ter “corpo”. Eu sofria muito, tinha vários apelidos e meu sonho era engordar e ser “gostosa”, mas eu não consigo, sempre fui magra, é uma coisa genética mesmo, toda a minha família é magra. Que bom que eu encontrei o meu lugar, que é no meio da moda.
Daniela Braga no backstage da 2nd Floor ©Felipe Abe/FFW
Onde você está morando agora?
Fico entre Nova York e Paris, quando eu venho para o Brasil eu fico em São Paulo. Em Nova York, eu fico em uma casa com outras modelos e é bem tranquilo. Meus pais sempre me apoiaram em todas as minhas decisões, até porque eu sempre fui muito decidida e muito independente, então não adiantava ir contra, se é o que eu quero eu vou fazer e ponto.
E como o Riccardo Tisci te descobriu?
No dia do casting para o desfile, na temporada de Outono/Inverno 2012, e assim que saí da sala recebi a notícia de que eu seria exclusiva para a Givenchy. Depois disso, claro, eu não fiz mais casting para nenhuma outra marca e fiz tudo para eles: lookbook, campanha, Resort [2013] e alta-costura [Inverno 2012]. A partir daí eu conheci a Carine Roitfeld, e veio a capa da revista “V” e do livro dela, além de outras coisas que surgiram.
Daniela Braga no desfile de Inverno 2012 e no catálogo de Resort 2013 da Givenchy ©ImaxTREE/Divulgação
Daniela Braga no desfile de alta-costura de Inverno 2012 e no campanha de Inverno 2012 da Givenchy ©Divulgação
Mas com o Riccardo [Tisci] foi meio que à primeira vista, ele me adorou. A Givenchy é a marca que eu mais gosto. E a Carine, como ela fez a montagem desse desfile, a gente conviveu bastante e se conheceu bem.
Você já conhecia de nome a Givenchy, o Riccardo Tisci ou mesmo a Carine?
Eu sou muito alheia, então na verdade eu não conheço tudo, não sou a “Wikipedia”, mas a gente sempre ouve falar dessas grandes marcas e pessoas. De olhar cara a cara, o casting da Givenchy foi a primeira vez.
Qual desses trabalhos foi o mais marcante?
É bem difícil dizer porque são coisas diferentes. No caso, a campanha da Givenchy foi incrível, mas não tem como comparar com uma capa de revista, como a da “V”. São trabalhos incríveis, mas muito diferentes, não tem como comparar.
Daniela Braga na capa da revista “V” #78 ©Reprodução
Você já falava inglês na época do primeiro casting da Givenchy?
Não, até hoje o meu inglês é péssimo. Agora é menos pior, sei o básico do básico, mas não sou fluente.
Qual a sua ascendência?
Eu sou brasileira, devo ter alguma coisa de índio na minha família, mas bem distante porque eu não conheço.
O que você gosta de fazer quando não está trabalhando?
Faço academia, não para emagrecer mais, eu sou feliz com o meu corpo, e gosto muito de dançar. Então, quando tenho tempo, faço aulas de sertanejo, que eu amo, e outras danças variadas. Eu gosto de todo tipo de música, é engraçado, e o meu forte é sertanejo e hip hop, duas coisas totalmente diferentes, mas que eu gosto muito.
Livros, gosto muito de ler. Meu autor favorito é o Sidney Sheldon, já li quase todos os livros dele, ou ao menos todos os mais famosos. De filmes, gosto muito de filmes de terror, eu sou muito medrosa, mas adoro filmes de terror.
Daniela Braga no backstage da 2nd Floor ©Felipe Abe/FFW
Quais produtos de beleza você gosta de usar?
Sempre carrego um creme de rosto da Kiehl’s, que é muito bom e tem cheiro de mato, mas eu não lembro o nome. É muito bom, hidrata bastante a pele e eu sempre passo antes de dormir, no outro dia acordo com a pele linda e maravilhosa. Não uso mais muita coisa, exceto quando vou sair, mas nada muito “cheguei”.