Vício em Redes Sociais é comparado a necessidades como comida e sexo ©Reprodução
Se as pessoas tivessem que escolher entre comida, sexo e o Facebook, dificilmente alguém escolheria a terceira opção conscientemente. No entanto, não é bem assim que o nosso corpo se comporta. Um estudo da Universidade de Harvard (para não ter como duvidar da veracidade) mostrou que o nosso cérebro produz quantidades parecidas de dopamina (que pode ser grosseiramente resumida como a substância responsável pelo prazer) quando fazemos sexo, comemos ou temos uma postagem comentada, curtida e compartilhada em uma rede social, mais precisamente o Facebook, apesar de o texto científico não citar nomes.
O estudo mostra que os seres humanos dedicam de 30% a 40% das suas tentativas de comunicação somente para informar os outros sobre suas experiências pessoais subjetivas — como quando alguém tuita que está comendo sushi às 3h da manhã ou sobre como a chuva de ontem o lembrou daquela viagem feita durante o colegial. Para explicar cientificamente (ok, nem tanto), o fato de uma pessoa se “expor” em um post faz com que haja um aumento na produção de dopamina, que é um reflexo da ansiedade ou espera por uma recompensa; algumas dúzias de likes e comentários, por exemplo. O comportamento fisiológico é similar ao da espera por recompensas mais primitivas, como o sexo e a comida. Além do prazer, a dopamina é também a substância associada à dependência, seja ela de drogas, sexo, comida, cigarro, bebidas, jogos de azar e, agora também, das redes sociais.