FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Exposição: o caos social e urbano sob o olhar crítico do Coletivo BijaRi
    Exposição: o caos social e urbano sob o olhar crítico do Coletivo BijaRi
    POR Redação

    “Poder”, obra presente na exposição “Estado de Sítio”, do Coletivo BijaRi ©Juliana Knobel/FFW

    O Coletivo BijaRi é conhecido por sua produção artística experimental de caráter extremamente engajado em questões sociopolíticas e pela utilização de recursos tecnológicos, como o video mapping. O grupo, formado em 1997 por uma equipe de arquitetos e artistas plásticos, é habituado a obras de tamanho extenso, como a projeção holográfica realizada nas fachadas do prédio do MASP em maio de 2011 ou ainda intervenções públicas que podem ser vistas com frequência por diversos lugares do Brasil. A convite de Eduardo Saretta e Mariana Martins, no entanto, o Coletivo aceitou o desafio de desenvolver trabalhos em escala reduzida, que coubessem em uma mostra dentro da galeria paulistana Choque Cultural, localizada no bairro de Pinheiros. Neste sábado (11.02), a exposição, chamada “Estado do Sítio”, foi finalmente inaugurada.

    A partir de 12 trabalhos apresentados na forma de objetos, instalações e video mappings, a exposição “Estado do Sítio” pretende fomentar uma reflexão sobre o caos social das grandes metrópoles e as complicações da vida contemporânea. Sob um fundo vermelho, elementos simples ganham um vasto simbolismo, como na obra “Poder”, em que dois cassetetes são unidos para transformar-se em uma cruz ou em “Sós”, união de azulejos que brinca com os significados das palavras “SOS” e “Sós”. O FFW esteve presente na abertura da exposição e conversou com Maurício Brandão, um dos fundadores do Coletivo BijaRi, para entender a ideia por trás de “Estado do Sítio”.

    Maurício Brandão, membro do Coletivo BijaRi, à frente da obra “Ideologia” ©Juliana Knobel/FFW

    Como surgiu e qual foi a ideia por trás da criação do Coletivo BijaRi?

    O grupo surgiu meio sem pretensão. No início, era apenas um espaço que uns colegas de Arquitetura dividiam para fazer trabalhos de faculdade, festas e “obras” artísticas ainda de forma individual. Passado um tempo, alguns amigos começaram a nos pedir trabalhos de cenografia e de desenhos de disco, então a gente começou a trabalhar e assinar como um grupo. Nesse começo erámos como uma cooperativa, dividíamos o espaço, as ideias, com todas as coisas boas e ruins de projetos coletivos: a multiplicidade de ideias e referências, mas também o caos e a desorganização.

    E a exposição “Estado do Sítio”? Como foi criar obras em escala reduzida, se comparadas com as que o Coletivo costuma desenvolver?

    O nosso trabalho sempre esteve ligado à rua, a intervenções e performances em espaços públicos, sempre contextualizadas e com associação à vida real. A ideia da exposição na Choque Cultural foi como traduzir essa nossa abordagem da arte em uma galeria, que tem um espaço menor e mais condensado. O desafio foi como criar objetos que coubessem em uma galeria e pudessem mesmo assim transpor a multiplicidade dos trabalhos de arte pública para a galeria, então muitas vezes acho que a gente conseguiu trazer todas as questões poéticas que abordamos nas intervenções urbanas e sintetizar em objetos mais conceituais e formalmente mais parecidos com esculturas.

    E do que se trata realmente a mostra “Estado do Sítio”? O que o Coletivo BijaRi quis propor?

    Sempre estamos muito atentos às questões das tensões sociais e o “Estado de Sítio” nos pareceu uma metáfora para abordar diversas situações da realidade, como eventualmente a Cracolândia, a tomada dos Morros no Rio de Janeiro, a reintegração de posse no Pinheirinho e uma série de situações de conflitos sociais e políticos que inspiraram o projeto e nos fizeram pensar nos estados de sítio que permeiam a vida nas cidades, trazendo inclusive para o universo mais pessoal e subjetivo. A ideia então era pensar os estados de sítios em diversas esferas, não só as questões de Estado.

    Não deixe de ver
    Os looks do Met Gala 2024
    Zendaya surge deslumbrante com um Maison Margiela no Met Gala 2024
    Pharrell assina a nova coleção da Tiffany & Co
    O PBFW Edição Talks promoveu série de encontros e discussões sobre a moda contemporânea
    New Balance aposta em calçado híbrido entre mocassim e tênis
    Met Gala: tudo que você precisa saber sobre o evento
    Como a Misci se tornou a marca mais influente do Brasil?
    Valentino e Kering com queda nas vendas, a nova CEO da Ganni, a collab entre a Melissa e a Undercover e muito mais
    Como surgiram os desfiles de moda
    Miu Miu cresce 89% e sobe para o primeiro lugar na Lyst Index
    FFW