UOL - O melhor conteúdo
FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade

    Essa foi a estratégia que salvou a adidas de uma crise

    A chegada do novo CEO foi imprescindível para superar o desafio que a marca enfrentou após o fim da linha Yeezy. 

    Essa foi a estratégia que salvou a adidas de uma crise

    A chegada do novo CEO foi imprescindível para superar o desafio que a marca enfrentou após o fim da linha Yeezy. 

    POR Gabriel Fusari

    Em outubro de 2022, a adidas decidiu rescindir o contrato com Kanye West, criador da linha Yeezy, após o artista fazer comentários antissemitas. A parceria de 12 anos durou 8 e com seu fim, houve um impacto imediato de 250 milhões de euros nos lucros líquidos da empresa, que não mensurou bem os danos que a saída de Ye poderia gerar a etiqueta. Afinal, a linha do artista representava 8% das vendas anuais (cerca de US$2 bilhões anuais), além de conectar a adidas com a cultura de sneakerhead, que era fissurada em cada lançamento da Yeezy. 

    Num momento em que concorrentes como a Nike estavam indo de mal a pior, a adidas ficou em uma corda bamba podendo entrar para a fila das empresas de sneaker em crise. Mas no ano seguinte, com a chegada de Bjørn Gulden como CEO, uma nova rota foi traçada dando um norte de alívio para a gigante alemã. O perfil dele? Ex-jogador de futebol profissional que trabalhou na adidas na década de 1990, tornou-se presidente-executivo da rival Puma em 2013 e, na sequência, assumiu o cargo mais alto da adidas em janeiro de 2023.  

    Com seu know how, a estratégia foi bem clara: focar em decisões ágeis e gerar uma conexão mais forte com esportes e atletas. Pense no basquete, marca dominada por Converse e Nike na América do Norte, a adidas também queria uma fatia desse bolo. Além de investir em propagandas e atletas do NBA, em 2024, foi anunciado o primeiro tênis para o esporte assinado pelo atleta James Harden, um dos 10 maiores patrocinados pela marca.   

    Mas o que fez ela querer furar a bolha e encontrar um novo público foi pensar em calçados que conquistassem a cabeça e o coração do consumidor, que não só os carentes da Yeezy. Para isso, não era preciso reinventar a roda, apenas olhar para os clássicos que a marca tinha. O Samba, de longe, foi o que melhor se destacou, ganhando posts e mais posts nas redes sociais, que jogaram o tênis para o estrelato. 

    Além dele, o Terrace, que se tornou o novo queridinho dos sneakerheads. O resultado dessa nova empreitada? Em outubro de 2024, a adidas elevou suas previsões de crescimento, com aumento de 10% nas receitas e um lucro projetado de €1,2 bilhão, além de uma valorização das ações, trazendo previsão de bons números para o próximo ano. 

    Para o Business of Fashion, Gulden atribuiu o sucesso da estratégia a um mix de sorte, timing e esforço, juntamente com decisões rápidas e uma liberdade criativa focada na qualidade do produto. “Não sei o quanto cada uma dessas coisas contribuiu em algum momento, mas era óbvio para mim [desde o primeiro dia] que tínhamos coisas boas borbulhando que as pessoas não tinham percebido”, analisou.

    Não deixe de ver
    Prada compra Versace por 1,37 bilhão de dólares
    Taxações de Trump causam queda de ações de grupos de luxo franceses
    Marcas do Grupo Soma apresentam coleções de verão 2026 no Rio de Janeiro
    FFW