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    Thais Losso
    Thais Losso
    POR Redação

    Thais Losso no backstage da Oh, Boy! ©Agência Fotosite

    Thais Losso já trabalhou à frente de marcas como Cavalera, Sommer e Zapping, mas há alguns anos vem atuando como consultora de moda de empresas que desejam adicionar sua expertise a coleções mais comerciais. A Oh, Boy!, que fez seu desfile de estreia no line-up do Fashion Rio nesta terça-feira (22.05), convidou a estilista para auxiliar sua equipe de criação. Desde dezembro de 2011, a paulista, formada em Desenho de Moda pela Faculdade Santa Marcelina, presta consultoria para a grife carioca – o FFW conversou com a designer, que, muito gentilmente, contou os detalhes da colaboração.

    Como foi o convite para trabalhar com a Oh, Boy! e há quanto tempo já dura esta parceria?

    Foi muito louco. Geralmente quem escolhe o stylist para um desfile é o estilista, mas quem escolheu o estilista para esse desfile foi o Felipe Veloso, stylist. A gente tem uma parceria de longa data, fizemos todos os desfiles da Zapping e quando eu fazia Sommer também trabalhamos juntos. Eu estou com a Oh, Boy! desde dezembro passado, ainda na coleção de Outono/Inverno 2012. Ajudei a finalizar essa coleção porque eles estavam sem coordenadora de estilo, que tinha se afastado para ganhar bebê, e eles precisavam de uma força de consultoria, que é a área que eu estou focando.

    Como foi o trabalho de consultoria no caso da Oh, Boy!?

    Eu danço conforme a música, ou seja, cada cliente é um trabalho bem diferente. A Oh, Boy! tem uma equipe de estilo, que eu chamo de “ministras” e que trabalham meio que em uma democracia, e eu as ajudo a amarrar, questiono, faço a advogada do diabo e até meto a mão nos desenhos, criando em colaboração. Acho que quando fazemos uma criação com milhões de mãos fica mais legal ainda.

    Eles escolheram o tema e eu fiz os meus questionamentos, apresentei minhas posições – queriam que a coleção tivesse uma inspiração “oriental”, e eu dei a ideia de agregar mais alguma coisa, já que essa temática já está no ar há algum tempo. [Questionei] O que tem a cara da menina Oh, Boy!? Aí a gente ficou pensando e chegou às cheerleaders, ao college – não só por causa do clipe da Madonna, tá? Eu juro que foi depois, faz tempo que a gente está trabalhando com essa ideia. E aí, descobri no YouTube uma abertura do campeonato mundial das cheerleaders, em Tóquio, e morri do coração! Comecei a fazer uma super pesquisa sobre uniformes e trouxe exemplos para a equipe de estilo, e propus fundir ao tema já definido para que ele não ficasse muito literal.

    Aí eu venho [de São Paulo para o Rio de Janeiro] uma vez por semana, uma semana eu fico um dia, bate e volta, e na semana seguinte eu fico dois dias. Nesses dois últimos meses, meu sócio, Marcos Kurtz, e eu estamos ficando meio que direto.

    – Clipe “Give Me All Your Luvin’, parceria entre Madonna, M.I.A. e Nicki Minaj:

    Qual é a sua visão da Oh, Boy!? Você se identifica com a proposta da marca e com a clientela?

    Olha, para mim é sempre um desafio, todo cliente é, mas foi super gostoso porque eu sempre atuei como diretora de criação ou coordenadora de estilo de marcas jovens, com uma grande porcentagem da coleção dedicada ao feminino. Para mim foi como um resgate, é um público que eu gosto. Trabalho com outros clientes que também focam nesta menina que vai dos 18 aos 30 e poucos – porque hoje em dia a gente não fala mais dos “18 aos 24”, o leque de comportamento está muito maior, ao menos é o que eu acredito. Vou fazer 38 anos e tem um monte de roupas da coleção [de Verão 2013 da Oh, Boy!] que eu quero usar, minha sobrinha que acabou de fazer 18 “rouba” peças do meu armário sempre, então o target está muito mais amplo, cada vez mais dentro de uma loja você consegue ver várias opções.

    Como é conciliar várias consultorias?

    Eu trabalho só com contrato e não trabalho com concorrentes de forma alguma. Eu consigo conciliar os cronogramas; agora estou com a Oh, Boy! e outro cliente que é bem grande, mas que não posso falar o nome. Os calendários e tipos de trabalhos também são muito diferentes, além de poder contar com colaboradores, como o meu sócio, o Marcos, o Marcelo Ferrari e a Yoon Hee Lee, que é minha pupila e é uma excelente assistente de criação. Meu sócio e eu sempre procuramos fazer tudo que a gente sempre sonhou quando trabalhávamos em uma equipe de estilo, às vezes você está envolvido no dia-a-dia, na burocracia ou em vícios de mercado e pressões do comercial e vem alguém de fora e é fresh, um pontinho a mais pode fazer a diferença.

    Tem algo da coleção que é mais seu, que teve menos interferência da equipe de estilo?

    Ah, é chato eu falar que alguma coisa é mais minha, mas tem uma coisa que eu fiz muita questão, que conversei bastante com o Felipe Veloso: sempre que vou a Tóquio vejo muitas meninas com aquele uniforme de escola xadrez (saia de preguinhas e casaquinho), e eu queria fazer isso de uma maneira que não ficasse literal. O Felipe então propôs que fizéssemos em tecidos de verão; depois eu peguei um elemento da coleção, o panda, e a partir de uma imagem que vi, um panda em origami, pensamos em transformá-lo em uma espécie de pied-de-coq. O panda virou estampas corridas, imitando xadrez pied-de-coq, e localizadas. Isso eu fiz muita questão, enchi mesmo o saco!

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