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    Eduardo Pombal: ‘Às vezes penso, será que o Tufi faria assim?’
    Eduardo Pombal: ‘Às vezes penso, será que o Tufi faria assim?’
    POR Redação

    Eduardo Pombal (44) costuma dizer que “todo preguiçoso trabalha dobrado”. Não gosta de ser interrompido no meio um assuntou para tratar de outro diferente e tem mania de querer que todos façam as coisas do seu jeito. Mas essa mania, atualmente, pode ser uma de suas maiores virtudes. Hoje ele comanda uma equipe de cerca de 600 pessoas responsáveis por colocar novas coleções nas araras das lojas Forum e Tufi Duek a cada seis meses (o intervalo fica menor se considerarmos as meias-estações).

    eduardo-pombal_magEduadro Pombal e a modelo Drielly Oliveira em ensaio para revista MAG! com edição de moda de Paulo Martinez e fotos de Fabio Bartelt ©Divulgação/MAG!

    Depois de uma estreia que dividiu opiniões na edição de verão 2010 do SPFW, Pombal voltou mais confiante para o inverno 2010. Com apoio da stylist Patti Wilson e do diretor de arte Giovanni Bianco, imprimiu sobre a (então) Forum Tufi Duek um pouco mais de sua autoria, ao mesmo tempo em que projetou no futuro a essência da marca, há tempos dormente.

    O portal FFW conversou sobre (quase) tudo com Eduardo Pombal.

    Confira:

    Quais são as diferenças entre a Forum e a Tufi Duek? Muita gente continua sem entender…
    A Forum é uma marca jovem, de jeanswear, unissex. Uma moda ousada, transgressora e sexy. Já a Tufi Duek é uma marca de pret-à-porter feminina. Uma marca exclusiva que prioriza o design.

    A Forum Tufi Duek passa a se chamar apenas Tufi Duek. Por que?
    Para que as pessoas passem a enxergar mais claramente as diferenças entre as marcas do grupo.

    Não é estranho para você essa mudança de nome no exato momento em que você passa a ter um papel mais autoral?
    Não, pois eu faço a coleção para a grife Tufi Duek, e não para a pessoa Tufi Duek.

    Na coleção apresentada em janeiro (inverno 2010), começou a ficar mais evidente para o mercado que a grife está entrando numa nova fase. Sua mão começou a pesar mais no sentido da influência criativa. Concorda?
    Concordo quando você diz que existe uma mão nova no comando da grife. A moda tem sede de novidades. Quando uma grande mudança acontece dentro de uma casa, todas as atenções se voltam para essa novidade. Todos esperam grandes mudanças, o que eu fiz não foi nada mais que olhar para o passado e transportá-lo para o presente. Acho que esse foi o maior mérito da última coleção.

    Como foi seu primeiro contato com a moda?
    Foi uma amiga, dona de uma loja de tecidos que sabia que eu gostava de desenhar e me convidou para fazer modelos para a vitrine de sua loja (em Avaré). Procurei um curso de desenho de moda (na FAAP), que foi custeado por ela, e em troca trabalhei em sua loja por um ano.

    E como você começou a trabalhar na Forum?
    Assim que voltei ao Brasil. Depois de uma temporada em Milão, preparei meu currículo e procurei o Tufi Duek. Enviei meu material em agosto de 1997, logo depois de uma temporada do Morumbi Fashion. Fiz uma entrevista e fui contratado como assistente de estilo e, logo de início, minha tarefa foi desenhar a primeira coleção especial para as vendas no showroom deNova York .

    Você estudou e se formou na Itália.
    Sim, no curso de Fashion Designer pelo instituto Marangoni.

    Como que foi suceder o Tufi Duek?
    A princípio não acreditava que aconteceria, mas agora, depois de 1 ano, sinto que é cada vez mais desafiador.

    E quais seriam esses desafios?
    Quero dar continuidade ao trabalho que ele desenvolveu. A cada coleção as comparações aumentam, as expectativas crescem e eu me vejo à frente de uma das marcas mais importantes do país. Hoje imprimo meu estilo, minhas vontades, mas às vezes me pego pensando: “Será que o Tufi faria assim?”

    Já pensou em ter uma marca própria?
    Sempre me vi trabalhando para uma marca completa, onde existam profissionais em diversas áreas. Não me vejo vendendo, produzindo, cobrando, ou fazendo tudo o que é necessário para o perfeito andamento do negócio. Mas também não diria que nunca vou abrir uma marca própria.

    O que mais te fascina na moda hoje?
    A liberdade que temos para criar. Ninguém mais é escravo de uma tendência – aliás acho essa expressão completamente fora de moda. Enquanto consumidores, temos a liberdade de usar o que melhor se adapta ao nosso tipo físico, nosso estilo, nos tornando diferentes um dos outros.

    Alguma fonte de inspiração?
    A informação, os grandes centros, os veículos de comunicação e tudo aquilo que me rodeia.

    Algum ídolo?
    Não tenho um ídolo em especial. Mas sou capaz de chorar ao ver ou ouvir uma pessoa com competência, talento, dedicação e um monte de outros adjetivos. Alguém que conseguiu “chegar lá”.

    O que não pode faltar no seu guarda-roupa?
    Um belo jeans bruto, um lindo e confortável tênis e uma jaqueta de couro.

    E no guarda-roupa da consumidora Forum?
    Da consumidora Forum, o jeans. Da consumidora Tufi Duek, um lindo vestido.

    Qual sua peça de roupa favorita?
    É um tênis branco e preto que está tão detonado… Não dá mais para usar e eu não consigo me desfazer dele.

    Cor preferida.
    Estou num momento azul-marinho.

    O que tem ouvido ultimamente?
    Tenho ouvido algumas trilhas cinematográficas, em especial do filme “Educação” (da diretora Lone Scherfig).

    E qual foi o último filme que você viu? Gostou?
    Não foi o último, mas com certeza é o filme que vem a minha mente com uma certa freqüência, “Direito de Amar”, do Tom Ford. Fiquei apaixonado pela plástica, sensibilidade e delicadeza com que os sentimentos foram expressados através das cores das cenas. E, claro, pelo figurino inspirador e luxuoso.

    O que faz no tempo livre?
    Fico buscando inspiração em livros, revistas, filmes, músicas, etc.

    Sua maior qualidade.
    Acho que minhas maiores qualidades são paciência e perfeccionismo.

    E defeitos?
    Defeitos, bem… Tirando a minha calvície, acho que meu maior defeito é não saber dizer não.

    O que mais te irrita nas outras pessoas?
    Gente preguiçosa e imediatista.

    Pecado.
    Não vivo sem uma label.

    O que você deve a seus pais?
    Aos meus pais eu devo tudo o que sou. Com eles aprendi a respeitar as pessoas, ter caráter e principalmente educação.

    Seu maior amor.
    Meu namorado. Não me vejo sem ele.

    Como você gostaria de ser lembrado?
    Gostaria apenas de ser lembrado. Num mundo onde tudo acontece muito rapidamente e a sede de novidades é incessante, ser lembrado é sinal de que você faz alguma coisa relevante.

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