Frank é uma nova marca slow fashion que vale à pena conhecer. Recém lançada pelo diretor criativo Marcelo Barbosa, a Frank vende peças únicas, feitas à mão e construídas a partir de descarte de tecidos.
“Comprava material de um banco de tecidos até que uma amiga, Luly Vianna, intermediou uma entrega de quilos e quilos de tecidos que seriam descartados por uma loja do Bom Retiro. Descobri que existe um descarte muito grande e assim nasceu a marca, com o desafio de dar vida nova a esses retalhos”, conta Marcelo.
O processo criativo acontece de forma contrária da maior parte das marcas, quando a equipe de estilo tem uma inspiração e aí vai atrás dos tecidos e modelagens que traduzem aquela ideia. No caso da Frank, Marcelo primeiro recebe os tecidos e só então, intuitivamente, começa a pensar no que vai com o quê, qual tecido combina com o outro e que modelagem eles pedem. “Tento utilizar até tecidos que não seriam minha escolha natural. Mas combino para criar algo interessante, uma imagem de moda com frescor”. Ele vai desenhando, recortando e costurando e as peças vão ganhando vida. Tanto que, no início, Marcelo chamava as roupas de Frankenstein e foi daí que surgiu o nome Frank.
A primeira campanha para o Instagram contou com as Paola Orleans e Carol Ponce como modelos. As peças são únicas e já podem ser encontradas na multimarcas Pinga, em São Paulo, e também pelo Instagram da marca.
Marcelo não é novo na moda. Formado em cinema pela Faap, ele sempre migrou entre um e outro – lá atrás, ele trabalhou durante anos ao lado do estilista Lorenzo Merlino. Foi numa pesquisa recente sobre quilts americanos que ele sentiu vontade de voltar a trabalhar com roupas, mas dessa maneira mais intuitiva, slow e livre.
Para o ano que vem, ele tem algumas colaborações confirmadas, como a com o artista inglês Dan Coopey, com quem vai criar uma linha de bolsas. Olho na Frank ; )