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    The Guardian é o primeiro jornal mainstream a recusar anúncios de empresas de combustíveis fósseis
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    The Guardian é o primeiro jornal mainstream a recusar anúncios de empresas de combustíveis fósseis
    POR Redação

    O jornal britânico The Guardian, um dos mais influentes do mundo, anunciou que não aceitará anúncios pagos por empresas de combustíveis fósseis. Ele é o primeiro grande veículo a bancar essa decisão, que implica em não receber investimentos de algumas das maiores empresas do mundo.

    Em janeiro, a ativista Greta Thunberg já havia criticado os jornais por aceitarem anúncios de empresas ligadas ao setor de combustíveis fósseis. na ocasião, ela questionou: “qual será o primeiro grande jornal internacional a liderar isso?”.

    A decisão foi anunciada por duas mulheres em posição de chefia no jornal, a diretora executiva Anna Bateson e a diretora de finanças Hamish Nicklin. Na matéria publicada pelo jrnal, elas marcam o fato de que o aquecimento global é “o desafio mais importante dos nossos tempos”, destacando as notícias produzidas pelo jornal sobre como o lobby de empresas de energia prejudica os avanços globais neste tema. Segundo matéria do próprio Guardian, as principais empresas de petróleo e gás do mundo (BP, Shell, ExxonMobile e Chevron) gastam US$ 200 milhões por ano apenas em lobbying.

    Bateson e Nicklin reconhecem que esta decisão “pode tornar nossas vidas um pouco mais difíceis no curto prazo” e que alguns leitores gostariam que a decisão englobasse também os anúncios de carros e férias. Porém, “a interrupção destes anúncios seria um duro golpe financeiro e pode nos forçar a fazer cortes significativos no jornalismo”.

    As diretoras agora esperam que a decisão abra caminho para que novas empresas anunciem no jornal, já que a publicidade continua a ser uma fonte importante de financiamento dos jornais. “O futuro da publicidade está em criar confiança com os consumidores e demonstrar compromisso real de valores e propósitos”, disseram.

    O Greenpeace deu boas-vindas à mudança. “Este é um momento divisor de águas, e o Guardian deve ser aplaudido por esse movimento ousado para acabar com a legitimidade dos combustíveis fósseis”, disse Mel Evans, ativista do Greenpeace do Reino Unido. “As empresas de petróleo e gás agora se encontram ao lado das empresas de tabaco como empresas que ameaçam a saúde e o bem-estar de todos no planeta. Outros meios de comunicação, organizações de artes e esportes devem agora seguir o exemplo e acabar com a publicidade e o patrocínio de empresas de combustíveis fósseis””.

    A empresa que publica o Guardian também firmou o compromisso de neutralizar todas as suas emissões de carbono até 2030.

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