Carrinho de pipoca durante o Fashion Rio ©Daniel Deák/Ag. Fotosite
Quando acompanhamos a cobertura de um grande evento de moda, como o Fashion Rio, é natural que os profissionais especializados no ramo sejam o foco das publicações. Fotografar o novo corte de cabelo da supermodelo internacional, descobrir de onde é a bolsa grifada da editora trendsetter “x” ou quais produtos de beleza serão lançados no mercado são alguns exemplos clássicos do que o público fashionista deseja descobrir. E quando os desfiles começam, com as salas lotadas pelos convidados e pela imprensa especializada, todos os olhos e flashes voltam-se para as novidades que irão nortear a indústria da moda na próxima estação.
Antes dos corredores do Pier Mauá serem ocupados por jornalistas, fotógrafos, maquiadores e celebridades, o FFW foi atrás de quem trabalha nos bastidores, longe do glamour e da correria habitual do mundo da moda.
O Pier Mauá quase vazio, antes da abertura para os jornalistas ©Carla Valois/FFW
Jéssica Neves e Sabrina Ricardo trabalham com eventos e há três anos participam do Fashion Rio representando uma marca de sorvetes. Jéssica, que antes era caixa, diz que já se acostumou com o visual das pessoas que frequentam a semana de moda carioca e com a correria diária no Pier, mas que no começo achava estranho: “Na primeira vez que participei do Fashion Rio achava tudo muito diferente”. A vendedora de pipoca Luciana Costa, moradora da zona norte do Rio, até brinca ao ver o look de uma passante: “Onde eu moro, se usar uma roupa dessas vão achar que estou ficando louca!”.
A quantidade e variedade de profissionais que vieram parar por acaso no Fashion Rio e enxergam na moda um mundo à parte é imensa, mas todos, sem exceção, acreditam que a experiência é válida e prazerosa. Para Reinaldo Borges, da Brigada de Incêndio, “é engraçado ver ao vivo” as pessoas que para ele só existiam na televisão. O ex-garçom Leonardo Bio, que estreia nesta edição como segurança, não tem nada a reclamar: “Apesar de ser um mundo completamente diferente do meu, é interessante e as pessoas são muito educadas. Estou gostando da experiência”.
O carrinho de pipoca do Fashion Rio, que fica lotado quando o dia cai ©Carla Valois/FFW
Por mais que queiramos conhecer os detalhes das passarelas, é bom saber que esse universo conta com uma estrutura gigante por trás, composta por pessoas dedicadas e que sabem se divertir conforme manda o figurino.