Quando se pensa em homens estilosos, a imagem que vem à cabeça não é bem a do príncipe Charles, herdeiro ao trono inglês. E ele bem sabe, já que o foco de seu artigo na “Vogue” britânica não é sobre estilo, mas sobre o consumo consciente através do uso de tecidos naturais e da prática do upcycling.
Príncipe Charles: não é um ícone de estilo, mas pretende ser um ícone de sustentabilidade ©Reprodução
O termo, que não tem uma tradução em português, significa dar novas formas aos materiais usados, como faz o estilista Alexandre Herchcovitch em parceria com a ONG Florescer no projeto Moda Reciclada.
“A moda claramente faz as pessoas se sentirem bem, mas agora precisa fazer bem ao mundo também, ao contribuir com a criação de um ciclo virtuoso com a natureza protegida no centro”, escreveu o príncipe.
O papel da moda seria, portanto, promover essa ideia. “A grande força do mundo da moda é que ele sabe como tornar novas ideias atraentes, rapidamente e em uma grande escala _algo essencial se for para a ação coletiva ter um impacto genuíno nos problemas que enfrentamos”, disse.
Charles também promove o uso de lã por sua qualidade reciclável e pelo fato de que, ao contrário de certos tecidos fabricados pelo homem, como o poliéster, não utiliza derivados de petróleo. “Este ano, lançarei uma campanha pela lã em parceria com estilistas e varejistas para tentar persuadir as pessoas que essa fibra natural é infinitamente mais sustentável que fibras artificiais.”
O timing do artigo é bom: começou em 8/9, nos jardins da Clarence House, em Londres, os 12 dias do “Garden Party to make a Difference”, parte de um projeto maior do príncipe intitulado Start. O desfile de moda que fecha o evento? É por conta da Dama Vivienne Westwood.
O FFW aposta 5 libras que a Burberry e seu Christopher Bailey já estão trabalhando com o tema!