Proenza Schouler verão 2011 © firstVIEW
Já havia escrito aqui no FFW Blog sobre como as texturas fazem a gente querer tocar nas roupas. E, meu Deus, que vontade que de sentir na mão cada superfície dos looks apresentados ontem à noite no desfile da Proenza Schouler.
Para o verão 2011, Jack McCollough e Lazaro Hernandez se superaram em todos os sentidos. Começando pela técnica onde uma incrível gama de texturas aparecia decorando primeiro versões meio ladylike modernas depois aquela garota californiana meio surfista meio punk que define tão bem o público da marca. Impressionante o trabalho “tie dye texturizado” em que estampas e superfícies se transformavam de cima a baixo no look. Do liso transparente ao opaco craquelado, do tricô de micropontos ao desgastado transparente.
Em termos de imagem de moda, foi mais impressionante ainda. Ficou muito além dos clichês nova-iorquinos, levou a garota uptown para o downtown _e vice-versa_ sem qualquer conflito. Misturou o estilo da costa Oeste americana com o cosmopolita da Leste. Fundiu referências, fez dos clássicos contemporâneos e autorais. Até mesmo as tendências forma _ainda bem_ todas digeridas pelo universo e pela vontade dos estilistas. Transparências, o comprimento midi (aquele no meio da perna), o California way o life, 1970s, 1990s _estava tudo lá. Mas ao mesmo tempo é como se não estivesse.
Sem obsessões malucas por tendências ou vontades momentâneas, Lazaro Hernandez e Jack McCollough nos lembraram que para além das “tendemências”, o que vale mesmo na moda é aquilo que lhe parece certo, aquilo que lhe faz bem. Afinal, do que adianta a moda se não nos divertimos com ela?