Via @felipeabe
Nesta edição de Inverno 2015 do São Paulo Fashion Week, o fotógrafo Felipe Abe busca retratar os mais variados rostos e compreender algumas questões relacionadas a moda, estilo e tendências em uma série de retratos P&B. A enquete do dia é simples, mas complexa: “Como a moda ajuda a mudar o mundo?”.
Silene Aparecida Barbosa, 32 anos, manicure: “A moda dá uma vida para a gente. Nós mulheres gostamos de estar sempre bonitas, seguindo as tendências. Ela muda o mundo porque vai e volta, mudou a minha vida pois trabalho com isso e temos que estar sempre ligadas em cor, estampas, tendências e cores.”
Glória Kalil, consultora de moda e diretora do site Chic: “Acho que é atribuir responsabilidade demais para a moda, a moda é mais um testemunho do tempo do que um fator de grandes modificações do mundo. Ela reflete o tempo atual e até mesmo antecipa o futuro, que não sabemos exatamente como vai ser. Mas a responsabilidade dela para aí.”
Clóvis Pessoa, 41 anos, booker e proprietário da Rock Management: “A moda hoje é como era a religião antigamente: traz cultura, arte e informação para as pessoas saberem como se vestir e se portar no mundo moderno. Como exemplo, o próprio São Paulo Fashion Week em cada edição traz um tema, seja a falta de água, a existência, a sustentabilidade… A moda sempre pode agregar e informar as pessoas, por ser parte da cultura de massa.”
Salete Campari, 45 anos, performer e militante LGBT: “Acho que nós mudamos o mundo — a moda não muda porque quem faz a moda somos nós. A moda é o dia a dia, o que temos vontade de usar espontaneamente e nossas atitudes. Não sigo um padrão que um estilista faz e que não combine comigo. A moda me dá experiência e criatividade, mas a nossa vida só nós mesmos podemos mudar.”