As recentes empreitadas de gigantes do comércio eletrônico, como a Amazon, buscando entrar em cheio no mundo da moda têm explicação. Em 2015, o setor superou as até então imbatíveis vendas da tecnologia e se tornou o campeão de vendas online.
De acordo com a empresa de análise digital ComScore, as roupas ganharam dos computadores durante quase todo o ano de 2015, revelando mudanças no comportamento do consumidor, que migra cada vez mais do físico para o digital.
A análise revelou, por fim, que as vendas brutas na moda superaram as da tecnologia e que esse é um cenário que tende a se repetir. “A indústria da moda está crescendo mais rápido que a tecnologia muito por causa das compras através do celular”, diz Adam Lella, analista da empresa. “As pessoas agora tendem a comprar produtos menos caros e menos complexos (como as roupas) em vez de outros aparelhos”, completa. Ainda de acordo com ele, as vendas de hardwares frearam devido aos celulares, hoje, desempenharem o papel de computadores.
Expoente do movimento, a Amazon foca seus esforços e investimentos na criação de uma linha própria de roupas, além dos já lançados portal e programa ao vivo sobre moda. Segundo o banco Cowen and Company, a Amazon também viu as roupas venderem mais que seus famosos produtos eletrônicos e as previsões são de que, em breve, a plataforma ultrapasse a Macy’s em volume de venda de produtos de vestuário.
+ Amazon irá produzir sua própria linha de roupas
As expectativas são de que o setor continue crescendo a largos passos e provoque ainda mais discussões sobre seu papel na sociedade, a velocidade do consumo e a agilidade da experiência. No Brasil, em uma entrevista ao FFW, José Neves, fundador do e-commerce Farfetch, revelou que as vendas online da empresa estavam crescendo mais que 100% ao ano.
O segmento de luxo também está caminhando para um crescimento nas vendas online e devem triplicar em 10 anos (leia mais aqui).