O que não pertence ao LVMH? Depois do anuncio da sociedade minoritária na nova marca de Phoebe Philo, nesta terça-feira, foi anunciada a notícia de que o conglomerado de luxo (que inclui marcas como Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Celine, entre outros) adquiriu parte majoritária da Off-White, de Virgil Abloh, e agora é dono de 60% da marca que surgiu no mercado apenas em 2013. A notícia não vem como uma grande surpresa, com a proximidade do grupo e Abloh, desde que se tornou diretor criativo do menswear da Louis Vuitton. Isso faz da Off-White a segunda marca de origem não-europeia e integrar o grupo, ao lado da Marc Jacobs.
A produção e logística da Off-White deve continuar baseada em Milão com a New Guards, grupo italiano que é dono da licença da marca e que será incorporada ao grupo LVMH.
No início do ano, noticiamos o crescimento de mais de 30% do conglomerado de luxo e o fato de Bernaud Arnault ter se tornado o homem mais rico do mundo, mesmo em meio a uma das maiores crises da história. No último ano, o grupo também adquiriu a Tiffany, após uma longa negociação.
O LVMH não parece que vai parar por aí, já que Virgil Abloh deve desempenhar um papel ainda maior no grupo, de novos negócios. Sua atuação abrangerá também a área de vinhos e hospitalidade do grupo. Ele terá o papel de curar novas marcas para o conglomerado, em busca de mais diversidade, segundo matéria de Vanessa Friedman para o The New York Times, sendo uma espécie de voz das novas gerações para trazer novos negócios que ecoem com o público.
Enquanto receber apoio de grupos bilionários como o LVMH é um grande passo para novos designers e marcas e um esforço de trazer marcas mais diversas é importante, existe uma polarização do mercado da moda e luxo entre dois grandes grupos (LVMH e Kering), que gera uma sensação de oligarquia e competitividade desigual para com novas marcas e designers independentes. A questão que fica: a única forma de suceder na moda atualmente seria se associando com algum dos gigantes e centenários grupos de luxo?