FOZ
Criada e vivida entre o eixo Alagoas e São Paulo, a Foz é uma marca que busca criar diálogos entre o artesanato de raiz brasileira e o vestir. Com bordados, tricô, entalhes, cestaria e rendas, esta união resulta em uma moda que reflete a identidade do artesanato e conversa com a cultura local, ao mesmo tempo que dialoga com o mundo contemporâneo e o desejo dos consumidores para criar um produto único – e cheio de história.
“Nossa roupa reflete um movimento de desaceleração que tem ligação intrínseca com o artesanato. A valorização do tempo e energia do que as mãos constroem através das horas é um dos pilares que sustenta nossa produção e direciona os caminhos para o que queremos construir: Uma moda que acontece no tempo certo, impregnada de história, troca e intensidade daqueles que a fizeram com suas mãos.” conta o fundador e diretor criativo da marca Antônio Castro (26 anos), alagoano e baseado em São Paulo. Vivendo na capital paulista desde 2014, o designer-estilista atua desenvolvendo projetos que buscam aliar o design à produção artesã e fundou a FOZ.
ESTÚDIO NUDA
O Estúdio Nuda, do designer e diretor criativo Bruno Sales, estreou no Brasil Eco Fashion Week nesta semana com a coleção Helene, apresentado digitalmente. A coleção tem como principal inspiração August Sander, fotógrafo responsável por criar, através do seu trabalho, um retrato sociológico da Alemanha no início do século XX.
As coleções da marca, desenvolvidas em sua maioria a partir de tecidos brancos com fibras de origem natural, têm como principal assinatura as silhuetas amplas, forma de criar uma modelagem que não se restringe a gêneros, outra pauta importante para o Estúdio Nuda. Nessa coleção, Bruno Sales se aventura em novas cores, trabalhando o verde nas peças da coleção junto a pregas, recortes horizontais e bolsos simétricos. As peças foram confeccionadas em tecidos 100% algodão com toque empapelado e malha nacional de algodão.
SURREAL + OAKLEY
A Surreal, uma das marcas autorais mais queridinhas do streetwear nacional se une com a Oakley, um dos maiores nomes da moda esportiva e também do streetwear a nível internacional para a collab ‘Perceptions Of Love’ – percepções do amor.
A Perception of love: Surreal São Paulo & Oakley traz peças que fazem parte do DNA de ambas as marcas, como camisetas, shorts, calças, jaquetas e camisas. Na paleta de cores, os tons de roxo, preto e branco predominam, mas toques divertidos como amarelo e rosa também fazem parte. As estampas trazem referências místicas, criadas pelo estudo do conceito e se materializando no visual.
Entre os acessórios, as meias que são hit na Surreal aparecem, junto com duas opções de tênis (sendo uma slipon), um boné e uma bolsa – itens que são novidade para o mix de produtos da Surreal.
ROCUS
A Rocus surgiu no ano passado, baseada em Belo Horizonte e em meio à pandemia. Com um mix de produtos enxuto, a aposta de Renan Rocha se mostrou certeira, com bastante appeal comercial e fincando a sua regata ‘Liquen’ em algumas das principais revistas e influenciadores de moda masculina do Brasil.
Agora, a marca lança sua segunda coleção, parte de uma trilogia que se inspira na vivência e vestimenta dos pais do designer: “Meu pai sempre com uma regata mais justa e calças retas. Minha mãe sempre de cós mais alto e camisas amplas e mangas bufantes.” conta Renan. Nessa coleção, a marca também adiciona alguns produtos ao mix e amplia a cartela de cores, com adição da cor curcuma, paprica, colorau e jamaica – todas em referência a temperos de casa -, além das cores básicas de off-white e preto.
BROCKI + CLASS
A Class, que recentemente lançou um novo drop que noticiamos por aqui, agora recebe um hackeamento por parte da Brocki Brocki. A marca, de Lucila Serrano, é uma das grandes expoentes do upcycling-estilo-frankenstein, que trabalha a estética dos retalhos costurados um aos outros mesmo que, a primeira vista, não combinassem juntos, para criar peças únicas e com propósito sustentável.
Nesse drop, a Class disponibilizou peças com defeitos de fábrica ou de resto de estoque para serem retrabalhadas pela marca de rework, criando novos produtos e reduzindo a geração de resíduos têxteis da marca. A Brocki começou a operar dessa maneira em 2020 (antes, era um Brechó) e tem sido bastante procurada para ressignificar resíduos têxteis e fim de estoque de marcas de moda através do olhar de sua criadora, já tendo realizado uma collab com a marca Cajá, como uma alternativa mais sustentável para lidar com os resíduos têxteis.