crise na Nike: queda brusca nas ações, demissões e críticas
A gigante do esporte anunciou demissão geral de funcionários e acionistas perderam aproximadamente US$28 bilhões desde que a empresa abriu o capital em 1980.
crise na Nike: queda brusca nas ações, demissões e críticas
A gigante do esporte anunciou demissão geral de funcionários e acionistas perderam aproximadamente US$28 bilhões desde que a empresa abriu o capital em 1980.
A Nike enfrenta uma turbulência sem precedentes. De um lado, a gigante esportiva vem enfrentando lucros abaixo do esperado e uma queda brusca no preço de suas ações enquanto suas concorrentes crescem. Do outro, a empresa tem sido criticada por veículos especializados e fãs pela pouca inovação, insistência em relançar designs “antigos” e perder o boom da corrida.
Nem as recentes demissões e mudanças nos cargos de direção parecem ter animado os investidores. A empresa realizou 740 demissões na sede, Beaverton, das quais 92% dos cargos listados eram cargos de liderança, incluindo 174 diretores e 110 diretores seniors. ‘‘Para competir, temos de editar, mudar e desinvestir no trabalho menos crítico para colocar maior foco e capacidade no que é mais importante’’, afirmou John Donahoe, CEO da Nike.
Curiosamente, 22 desses cargos foram cortados da equipe de inovação, levando especialistas a questionarem o entendimento da gigante esportiva sobre novas tecnologias e estratégias de marketing.
Troca troca na direção e queda nas ações
Apesar disso, na sexta-feira (12.07) foi anunciado que Tom Clarke, ex-presidente de inovação da marca há 30 anos vai assumir a posição de consultor estratégico do CEO John Donahoe. A Nike também revelou que John Hoke, um veterano de 30 anos e ex-diretor de design, assumirá o papel de líder de inovação avançada.
A remodelação significativa da liderança ocorre num momento em que a Nike continua a enfrentar a turbulência contínua do mercado: as ações da empresa despencaram 20% após a divulgação de lucros trimestrais fracos. Como resultado disso, a empresa perdeu aproximadamente US$ 28 bilhões em valor para os acionistas representando a maior queda percentual em um dia nas ações da Nike desde que a empresa abriu o capital, em 1980.
A reação negativa dos consumidores
Além de eliminar vários parceiros de atacado e varejo para focar nos canais de venda direta, o excesso de lançamentos pouco interessantes tem sido apontados como uma das causas da perda de interesse dos clientes e por consequência, da atual crise. Regis Schultz, o todo poderoso da rede de lojas JD Sports aponta a ausência de inovação como causa das vendas fracas.
Vale destacar que a empresa relançou os populares Wu Tang Dunks, lançados pela primeira vez em 1999, dos quais apenas 36 pares foram produzidos com reação negativa de seus consumidores, de acordo com o Financial Times. A empresa enfrenta riscos significativos no mercado e uma projeção de crescimento abaixo dos últimos anos.