As tendas de produção vistas do lado de fora: por dentro dos bastidores do SPFW ©Camila Yahn
Um almoço oferecido pelo FFW à imprensa internacional no Cartel 011 fez com o que a maratona de hoje começasse animada. Muitas risadas e conversas com Godfrey Deeny, editor que cobre o evento há séculos. Mas o mais bacana é ver a visão que eles têm do Brasil e, especialmente, de São Paulo. Eles amam. Conseguem ver o que a gente já não vê mais.
De volta ao parque Villa Lobos, todos parecem mais familiarizados com o local. O dia de hoje começou com os malandros de João Pimenta e música ao vivo. Mas o clima é de exuberância, com os desfiles de Samuel Cirnansck e Lino Villaventura, um logo após o outro. Muuuito brilho, bordados, aplicações e cristais, cada qual dentro de seu próprio universo. O público sempre aplaude o Lino de pé. As pessoas gostam quando veem algo diferente, a teatralidade das modelos…
Modelos fazem pose no camarim de Lino Villaventura ©Sergio Caddah / Agência Fotosite
Falando em modelos, andei muito pelos bastidores. Já que não choveu, grupos e mais grupos de modelos ficaram circulando ali entre os dois camarins. Algumas com os rostos cobertos para esconder a maquiagem dos jornalistas e fotógrafos que também circulam por ali. Já dentro dos camarins é um entra e sai de pessoas sem fim e a equipe criativa tem que ter bastante foco para não se perder em meio aos flashes, pedidos de entrevistas e matérias de beleza. Talytha Pugliesi, Michelli Provensi e Vivi Orth apareceram no desfile do Lino e eu adoro quando essas meninas voltam à passarela. Mas o dia é de Alessandra Ambrosio, que encerrou para a Colcci. Quem nunca foi a um camarim com uma modelo “estrela” mal pode imaginar o que se passa lá dentro. Sabe caos? Tipo pague para entrar e reze para sair. Mas faz parte e, apesar do stress, deixa tudo mais vivo e divertido.
Alê Ambrosio no camarim da Colcci ©Felipe Abe
O clima do dia é muito pautado pela presença de personalidades fortes ou famosas. Causa um burburinho, conversas e assuntos que se desdobram em outros papos. O mesmo acontece quando assistimos a um desfile bombástico, daqueles de rasgar o coração. Sim, isso também é possível e eu mesma tenho minha listinha dos desfiles que me fizeram chorar e chorar de emoção. Assim como a música e a arte, ele, quando acontece, une pessoas tão diferentes em um mesmo sentimento.