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    It-bag: há tempo (e dinheiro) para novos clássicos?

    Mesmo com lançamentos aos montes e inúmeros modelos, diferentes gerações possuem o mesmo desejo quando o assunto é bolsa

     

    It-bag: há tempo (e dinheiro) para novos clássicos?

    Mesmo com lançamentos aos montes e inúmeros modelos, diferentes gerações possuem o mesmo desejo quando o assunto é bolsa

     

    POR Vinicius Alencar

    Nas últimas semanas, quando já estava com essa pauta em mente, perguntei para diferentes amigos: “na sua opinião qual foi a última bolsa que alcançou o posto de it-bag?” e a resposta invariavelmente era a shopping bag da Telfar Clemens que virou febre, objeto de desejo e ícone da democratização de um acessório que é símbolo de status e poder – indo parar até na letra de “Summer Renaissance” da Beyoncé. Afinal, para ser “it” é preciso uma alta dose de onipresença, estando em celebridades, editoriais e, claro, mais recentemente, nas redes sociais. 

     

    Mas sejamos sinceros, para além do modelo de Telfar, qual outro ocupou esse lugar nos últimos tempos? A da Coperni flertou, mas ficou limitada a uma bolha. Para Fiorella Mattheis, nome por trás do second hand Gringa, com quem conversei sobre o tema: “a Basket Bag da Loewe, a bolsa de ráfia é um dos itens mais cobiçados pelas amantes de moda”. A criação de um clássico leva tempo mas as perguntas que ficam são: estamos dando tempo ao tempo para realmente novos clássicos se confirmarem ou estamos recorrendo aos modelos mais tradicionais como uma resposta a todo esse imediatismo de lançamentos? Estamos saturados de novidades?

    Em rápidas pesquisas nota-se que, sejam millennials, sejam Gen Zs, o desejo pela bolsa do sonho converge para as mais emblemáticas, inclua aí a Baguette da Fendi, Classic Double Flap da Chanel e, claro, a Birkin da Hermés que parece estar a passos largos se comparada a qualquer modelo que ouse a se aventurar como concorrente. 

     

    Obviamente as marcas sabem disso, a Chanel tem aumentado o valor das suas bolsas seguidamente. A estratégia da exclusividade gerou uma receita de 17 bilhões ano passado, que deve provavelmente ser superada esse ano. Na Dior, o time criativo se debruça em novas padronagens e cores das clássicas Lady Dior e Saddle – ícones dos anos 1990 e 2000, respectivamente. 

    A própria Le Cagole viveu seus dias de glória recentemente, mas devemos lembrar que é uma prima próxima da consagrada Motorcycle lançada por Ghesquière na Balenciaga em 2001. Inclusive, o diretor criativo foi um dos responsáveis por fazer com que todas as marcas corressem para lançar seus modelos e terem um item como carro-chefe, ao menos. Fórmula que foi perdendo a força já nos primeiros anos da década seguinte. 

     

    No mercado brasileiro, a Nine da Misci invariavelmente aparece. Segundo seu criador, Airon Martin, ela vende o dobro da segunda colocada, a Bambolê: “A Nine mudou a história da Misci. Entrou no guarda-roupa de uma mulher que não usava bolsa nacional. Hoje as bolsas representam 30% do meu faturamento”. Ainda curioso de quais modelos a brasileira mais deseja, questionei Fiorella que destacou algo que já esperávamos: “A Speedy e Neverfull da Louis Vuitton, a Soho Disco bag  da Gucci, a Goyardine ST Louis da Goyard, a Loulou Bag e a Kate da Saint Laurent, a Baguette da Fendi e a Saddle da Dior. Esses modelos chegam na Gringa e não param, na maior parte das vezes são vendidos em pré-vendas e temos lista de espera por eles”. 

     

    A impressão que fica é que a experimentação perde cada vez mais espaço e o instagramável já não se basta. Não resta tempo para arriscar na bolsa, ainda mais quando 7 dígitos estão envolvidos. 

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