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    O que o sucesso do Ssense tem a ensinar para os e-commerces de moda?

    Como o menos improvável conseguiu sobreviver e se tornar um case diante das concorrentes? Identidade, nicho e humor. 

     

    O que o sucesso do Ssense tem a ensinar para os e-commerces de moda?

    Como o menos improvável conseguiu sobreviver e se tornar um case diante das concorrentes? Identidade, nicho e humor. 

     

    POR Vinicius Alencar

    Ano passado, 2023, o e-commerce Ssense (lê-se Essence) comemorou duas décadas de existência com sorriso no rosto mesmo em meio a um cenário de crise à vista – suas concorrentes, a gigante Farfetch, foi vendida para evitar falência, enquanto a inglesa Matches Fashion sofre seguidas quedas em seu faturamento. 

    No outro extremo, a plataforma canadense recebeu, em 2021, um investimento de 5 bilhões, logo após ser avaliada em 4 bilhões.

    Fundada em 2003 de forma independente pelos irmãos Rami, Bassel e Firas Atallah, a Ssense apostou suas fichas na curadoria e marcas de nicho. E mesmo que pareça desconexo, afinal são raros os casos de sucesso que ande de mãos dadas com o coolness, o e-commerce sempre apostou em novos designers (Marine Serre, Magliano, Jacquemus), marcas emergentes (Ader Error, Amiri, Ambush) e no fator esquisito, não-óbvio, estranho. 

    Mas como Ssense conseguiu se consolidar e o que ela pode ensinar ao mercado?

    editorial para anunciar a chegada da nova coleção de dion lee ao e-commerce

    Criação de conteúdo

    Sabendo da importância de se diferenciarem, os irmãos Atallah convidaram os editores da revista alemã 032 para uma consultoria editorial. Enquanto outros investiam todas as fichas apenas na oferta de produtos , a Ssense buscava formas de atrair não apenas clientes, mas também admiradores. 

    Nem todos consomem a apurada seleção de marcas, mas, sem dúvidas, consomem seu conteúdo: estratégico, divertido, com olhos atentos aos virais e os dois pés bem rápidos – alimentando a geração Z e Millenials com o mesmo afinco. Steff Yotka, que já havia passado pela Vogue e Vogue Runway, é a atual head de conteúdo. 

    Nicho

    Outro fator determinante, foi de sempre entenderem o seu público alvo, 80% dos consumidores da plataforma possuem menos de 40 anos, são ativos nas redes sociais e abertos a novas experiências – não só de consumo, como de música, arte e até gastronomia. Early adopters, como gostam de definir bureaus de tendência. A escolha por focar numa seleção e  público nichados tem se mostrado uma decisão acertada. 

    Consistência

    Mesmo com algoritmos malucos e em constante mudança, a Ssense mantém sua estratégia bem clara: ser referência quando o assunto é novidade, traduzir desejos, engajar e converter através de conteúdos divertidos, que fidelizam até quem nunca colocou uma peça sequer no carrinho virtual. Um case improvável e que merece ainda mais atenção. Afinal, o aval que dão a nomes jovens passou a também ser cobiçado por nomes mais estabelecidos como Lanvin, Saint Laurent, Prada… 

     

    Identidade

     

    Quando falamos de imagem, até mesmo as cansativas fotos de lookbook no fundo branco, no Ssense tem uma estética singular: os modelos com os braços retos fotografados levemente de lateral, se diferenciam de todos seus  concorrentes. Abertamente comercial e, ainda assim, interessante – equilíbrio entre venda e, claro, apelo. 

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