Uma nova plataforma online de moda acaba de ser lançada. É a Bazzah, que funciona como incubadora e aceleradora de neomarcas nos segmentos feminino, masculino, infantil e design.
A startup é uma ideia de Daniel Peres Chor, neto do empresário José Isaac Peres e herdeiro do grupo Multiplan. Com 25 anos, Daniel não é nenhum iniciante: dos 17 aos 22 ele trabalhou como corretor de lojas para depois começar seu projeto que visa ser um facilitador para grifes recém-criadas, que em geral não têm vitrines para as suas peças. Ele também ocupa o cargo de gerente de inovação e negócios digitais do grupo da família.
Daniel se juntou a um grupo de amigos empreendedores que, juntos, fizeram um investimento de R$ 1,2 milhão no projeto. A plataforma já vem recebendo 300 mil visitantes únicos mês, tem 5 milhões de GMV (gross merchandise volume ou volume de mercadoria) e a expectativa é que reúna 300 marcas até o fim do segundo semestre.
Daniel contou ao FFW que a ideia surgiu há três anos como uma maneira de agregar talentos em um mesmo market place. “É difícil encontrar essas marcas que vão e vem. Elas acabam em várias pop ups e coletivos e, pela natureza de seu tamanho, precisam de ajuda e incentivo. Nosso desejo é unir esse inventário que está escondido na sociedade. É um trabalho importante pro mercado. Ajudamos esses empreendedores a vender e a se desenvolver para o grande varejo”, diz.
A plataforma está no ar há seis meses e um crescimento em vendas foi observado logo no início. Ao todo, a Bazzah tem 160 marcas vindas do Rio, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Mais 170 já estão fechadas e estarão online em breve. “Existe uma demanda orgânica e crescente de marcas que querem entrar na plataforma”, diz Daniel. A curadoria que fazem é baseada em uma série de quesitos, como qualidade, realidade da comunicação, preço e mix de produtos.
É curioso que Daniel tenha crescido no ambiente de shopping centers, mas escolheu como propósito ajudar justamente as marcas que não têm espaço nesses locais. “É complementar a visão do shopping, que é um ambiente muito mainstream, mas existe um novo desejo que é por algo artesanal, da rua, novo. A meninada não quer mais procurar no shopping, ela quer ver algo numa ilha por trás do bambuzal e achar um produto novo. Existe dentro dos desejos do consumidor mais um desejo por algo diferente e nosso objetivo é exatamente este”.