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    Nova flagship
    Nova flagship
    POR Camila Yahn

    A fachada da flagship da Chilli Beans em São Paulo ©Ricardo Toscani

    Aconteceu neste sábado (11.05) a abertura da flagship da Chilli Beans na rua Oscar Freire, em São Paulo. A loja de dois andares traz todas as categorias de produto da marca, que vão desde os óculos escuros aos de grau, bolsas, relógios e outros acessórios, além dos produtos criados em parceria com marcas brasileiras, como a Amapô, Ronaldo Fraga, Alexandre Herchcovitch e Blue Man. No andar superior, a grife montou uma exposição com fotos, mostrando um pouco da sua história.

    O coquetel de inauguração, para imprensa e convidados, contou com a presença de Jade Jagger, designer de joias e filha do cantor Mick Jagger; junto com o seu marido, o DJ Adrian Fillary, ela animou a pista no andar térreo da loja. Veja como foi o lançamento aqui.

    Durante o evento, o FFW conversou com Caito Maia, fundador da Chilli Beans, que adiantou que já está conversando com Jade sobre a possibilidade de criarem uma linha colaborativa. Jade também falou ao FFW, animada com a possibilidade de vender suas peças no Brasil. Leia abaixo trechos das duas entrevistas:

    Caito Maia, fundador da Chilli Beans ©Ricardo Toscani

    A Chilli Beans foi a primeira marca a criar óculos escuros com design a um preço acessível no Brasil. 

    O varejo no futuro tem que ser assim, acessível. Essa ideia de pagar muito por peças é até meio cafona. É gostoso ter opção de misturar e não tratar o óculos como um simples acessório. Mas para poder fazer isso você precisa ter preço. Os grandes players do mundo, como Zara e H&M, estão bombando porque dá para brincar. Sempre tive essa sensibilidade de que para você ter giro você precisa ter preço e design e sempre defendi a questão da moda acessível.

    Qual foi a sua estratégia de marketing?

    É uma mistura de tudo. Tem a questão do preço, do atendimento e dos lançamentos. Nós lançamos 10 modelos de óculos toda semana, cinco relógios e três óculos de grau. O varejo tem que ter esse frescor. Nós nunca anunciamos produto, sempre anunciamos marca. Os quiosques ajudam muito porque você consegue estar no meio de um corredor bom com um ótimo acesso para as pessoas. Hoje temos 700 pontos de venda; 300 são lojas.

    E como surgiram as parcerias com outras marcas?

    Elas são parcerias verdadeiras, nós não fazemos isso para fazer onda. Com a Amapô, por exemplo, eu admiro muito a marca, com o Alexandre Herchcovitch comecei com ele há dez anos fazendo Mercado Mundo Mix. As parcerias são verdadeiras e saudáveis para a empresa porque dão um grande resultado. Este intercâmbio com moda é muito legal. Você dá na mão de um estilista que nunca desenhou óculos e ele cria uma coisa nova, fresca.

    E Jade Jagger, como entra na história? 

    A história da música tem muito a ver com a Chilli Beans e está relacionada com a Jade. Foi uma simpatia mútua, com a história, com a marca, e ela é uma figura especial. Agora já estamos conversando para lançar uma coleção de óculos e relógios em parceria.

    Jade Jagger como DJ na abertura da loja ©Ricardo Toscani

    Qual a sua relação com moda e como ela a inspira?

    Eu comecei como artista e o meu amor por ouro me levou a desenhar joias. Percebi que queria desenhar várias coisas, e já fiz design de interiores, de embalagens… O design pode interagir com várias coisas, inclusive com a moda.

    Como é o seu processo criativo quando desenha joias?

    É sempre diferente, mas sou emotiva e minhas inspirações vêm de paixões minhas. A minha nova coleção, “Arrow”, vem da minha herança da Nicarágua (sua mãe, Bianca Jagger, nasceu lá) e é uma fantasia entre setas e indígenas, mas também fala de um sentimento de que o Cupido me atingiu no ano passado, quando me casei.

    Em 2002 você criou o movimento Jezebel, uma espécie de festa ambulante que ajudou a lançar nomes como Mark Ronson e Lily Allen. Como surgiu esse projeto?

    Eu o criei porque quando mudei para Ibiza senti que precisavam de algo mais progressista, o cenário da música house precisava de uma renovação, então criei o meu próprio clube e tivemos muitos seguidores. Na época estava trabalhando para a marca de joias Garrard, que é uma empresa muito certinha, e precisava de me libertar, fazer algo rebelde. E como Jezebel é o meu nome do meio, sentia que era como se fosse a minha irmã rebelde. Mas o Jezebel é mais que uma festa, é um lifestyle. Vivo em Ibiza há quase 17 anos, acho que é uma ótima ilha e tem uma energia que ninguém sabe bem de onde vem.Vocês têm que conhecer a noite de Ibiza, pois é ai que o movimento se manifesta.

    Vai vender as suas joias no Brasil?

    Claro! Um amigo meu que sempre faz as minhas fotos me apresentou a muitas pessoas interessantes aqui no Brasil. Talvez venha a trabalhar com a LOOL e espero conseguir trazer as minhas joias para cá.

    As joias da última coleção “Arrow” de Jade Jagger ©Andreia Tavares/FFW

    Como está o mercado de joias hoje?

    Eu trabalho com joias há muito tempo. Quando comecei não tinha tanta gente no mercado então era mais fácil me destacar. Fico feliz que as joias tenham ganhado uma importância especial para as pessoas, que elas percebam que joia é um investimento em algo que não é descartável. Vivemos em um mundo descartável em que as coisas importantes já não estão na nossa herança nem na nossa família. Quando você compra ou dá uma joia, é sempre um momento especial e para mim é importante poder fazer parte disso.

    Você pensa em desenhar óculos?

    Eu adoraria fazer uma colaboração com a Chilli Beans, fico muito feliz que eles tenham tido tanto sucesso. É bom ver empresas jovens se saírem bem.

    Qual a sua música preferida do Rolling Stones para dançar?

    Hmmm… talvez “Miss You”!

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