China e Brasil têm algo em comum no que diz respeito ao consumo de marcas de luxo dentro do próprio país: altos impostos. As taxas que encarecem os produtos também têm feito chineses comprarem suas Louis Vuittons, Pradas e Guccis em viagens internacionais, provocando queda nas vendas das grifes de high fashion instaladas em território chinês.
No que depender da China, esse cenário tende a mudar. Após se dar conta da fuga de capital que os altos impostos geram, somada ao desejo de seus nativos acerca das marcas de luxo, o país começa a promover leis que controlam os impostos e a apertar o cerco contra falsificações, tudo num esforço nunca antes visto de manter o consumidor chinês consumindo luxo dentro de casa. A mais nova estratégia é a abertura de uma espécie de rede de free shops para viajantes que tenham chegado do exterior nos últimos seis meses.
De acordo com o portal de notícias “Jing Daily”, especializado nos assuntos asiáticos, a estatal “China National Service Corporation” abriu uma loja duty free de mais de três mil metros quadrados no “Jing’an district”, importante centro comercial de Shanghai, para os viajantes recentes, com produtos de marcas como Tory Burch, Estée Lauder, Michael Kors, MAC, dentre outras grifes importantes do cenário internacional. A intenção é abrir até 30 desses pontos de venda e ganhar a preferência do consumidor que hoje faz suas compras fora do país.