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    Consumo: Abercrombie & Fitch retira logos de suas roupas para combater queda nas vendas
    Consumo: Abercrombie & Fitch retira logos de suas roupas para combater queda nas vendas
    POR Augusto Mariotti

    As camisetas com o logo da Abercrombie & Fitch estão com os dias contados ©Reprodução/Facebook

    As camisetas com os famosos logos das americanas Abercrombie & Fitch e Hollister Co. estão prestes a virar peças de colecionador. Isso porque, a partir de meados do ano que vem, elas reduzirão a “praticamente nada” a produção de roupas que divulgam suas marcas. A medida, anunciada nessa quinta-feira (28.08), tem como objetivo combater a queda nas vendas que ambas vêm sofrendo nos últimos meses.

    De acordo com os balanços divulgados, o segundo quadrimestre reportou uma queda de 10% nas vendas da Hollister, em comparação com o mesmo período de 2013. A própria empresa afirmou que o resultado veio “um pouco abaixo do esperado”. Já a Abercrombie & Fitch perdeu menos, com uma queda de 1% nas vendas.

    A Abercrombie & Fitch e Hollister Co., que fazem parte do mesmo grupo, eram marcas de sucesso na chamada “era da logomarca”, quando jovens de todo mundo faziam questão de exibir exatamente onde eles compravam cada peça de roupa. Nessa época, ali pelos anos 1990, as vitrines eram repletas de camisetas, moletons, jaquetas e bonés com nomes e logomarcas orgulhosamente estampados em posição de destaque.

    Mas esses dias ficaram para trás. Hoje redes de fast fashion, como H&M, Zara e Forever 21, estão se tornando cada vez mais populares entre os adolescentes em todo mundo, que buscam uma moda mais barata e descartável. Além disso, munidos de ferramentas como as redes sociais, os jovens têm usado menos a moda como forma de expressão. É isso pelo menos o que defende a pesquisadora e especialista em consumo jovem nos Estados Unidos Steph Wissink. “Dez anos atrás, eu poderia entrar em um auditório com 200 adolescentes, virar de costas e pedir para eles mudarem de lugar e se misturarem”, ela afirmou ao site da “The New Yorker”, explicando que, quando olhasse novamente para eles, identificaria com sucesso cada grupo pelas suas roupas. “Hoje, isso é praticamente impossível.” A pergunta que ela deixa é: por que um garoto ou garota mandaria sinais de sua identidade ao se vestir com uma determinada marca quando ele ou ela tem a possibilidade se expressar livremente pelo Facebook ou Instagram?

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