A Topshop confirmou a remoção da divisão por gênero de todas as suas lojas após reclamações de seus consumidores transgêneros. A confirmação se deu após a comoção provocada por uma denúncia de transfobia feita por um usuário do Twitter, mencionando a marca.
O perfomer Travis Alabanza, que se identifica como “trans feminino”, afirmou estar fazendo compras na loja de Manchester, Inglaterra, quando ao tentar provar as roupas, foi barrado e mandado para a Topman – a parte masculina da rede. Alabanza conta ao site Buzzfeed News que tentou falar com a gerência, pois não se sentia confortável em experimentar vestidos entre homens por conta de sua segurança, mas ainda assim foi mandado para os provadores da Topman, sob o motivo de que havia mulheres se trocando nos provadores da Topshop.
Hey @Topshop just experienced transphobia in your Manchester store. Not letting me use the changing room I decide is shit, sort it out.
— Travis (@travisalabanza) November 5, 2017
O cliente usou a situação para alertar que a utilização da divisão de gêneros nos provadores, além de ser datada, coloca em risco de assédio os consumidores transgêneros.
Em resposta aos consumidores que se identificaram com a reclamação de Travis, a marca afirmou que já havia mudado sua política interna e banido a divisão por gênero de seus provadores recentemente.
Outro usuário do Twitter afirmou que já havia alertado sobre problemas do tipo, e publicou o email de resposta recebido em julho, onde a Topshop afirma que estava revendo as normas de seus provadores. Em um comunicado oficial, a empresa confirmou a nova política, afirmando que “todos os clientes da Topshop e da Topman são livres para usar qualquer provador de nossas lojas”.
Porém, os consumidores relatam falta de treinamento aos funcionários da rede, que parecem desconhecer sobre essa mudança no regimento das lojas, visto a identificação em massa dos consumidores transgêneros em relação a denúncia feita por Alabanza. A rede foi hostilizada por consumidores conservadores, mas a mudança já foi feita e certamente a Topshop não poderá andar para trás.