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    Grupos de corrida: A nova febre que vai além do esporte

    Socialização e networking movimentam comunidades de atletas que buscam treinar em grupos.

    Grupos de corrida: A nova febre que vai além do esporte

    Socialização e networking movimentam comunidades de atletas que buscam treinar em grupos.

    POR Laura Budin

    Assim como as grandes maratonas semestrais que juntam milhares de corredores em pontos como Rio de Janeiro, na Maratona do Rio e em São Paulo, no SP City Marathon, os grupos de corrida parecem ser pontos de partida mais acessíveis para corredores que buscam na corrida o fator comunidade. Da febre de atividades em grupo que começou com as academias de Crossfit passando pelas quadras de beach tennis, as ruas ficam cada vez mais atrativas por seus pilares de democratização de uma atividade física. Ou seja: praticar um esporte sem mensalidades, sem equipamento e ainda fazendo parte de uma equipe.

    Já falamos que a corrida é o novo esporte do momento, mas substituir treinos individuais por encontros semanais em grupo tornaram-se a abertura perfeita para trocas entre os adeptos. Comparados a aplicativos de relacionamento e criando ambientes ideais para networking, os grupos de corrida são a nova febre entre os runners e tomam os feeds das redes sociais com comunidades ideais para cada tipo de atleta.

    Socialização x Esporte
    Seja pelo isolamento causado pela pandemia ou pela necessidade de criar laços na vida adulta numa sociedade cada vez mais solitária, as comunidades de esporte permitem que a socialização gerada pelos encontros torne-se uma oportunidade para relações de amizade fora dos treinos. Os encontros semanais gerados por esses grupos de exercício facilitam a descoberta de pessoas que compartilham do mesmo interesse: corridas.

    ‘‘Acredito que o maior motivo de correr em grupo seja esse: fazer novas conexões e construir uma comunidade. Mesmo quando não tem corre, o grupo do WhatsApp do coletivo é cheio de treinos e incentivos’’, conta Sérgio Muniz, corredor e social media do grupo City Runners.

    Apesar dessas socializações serem populares entre grupos de corridas, atividades como clubes de boxe, grupos de bike, aulas periódicas de hot yoga e encontros ao ar livre em parques também são outros pilares onde o esporte e a socialização em grupo acontecem.

    Eles estão por toda parte
    As comunidades, às vezes criadas por atletas, às vezes por instituições olímpicas, também chamam a atenção as marcas esportivas que movimentam cenas e multidões que compartilham do mesmo objetivo, gerando pertencimento para aqueles que se identificam com os propósitos da empresa. Podemos citar como exemplo, o Adidas Runners da adidas Brasil e a Damn Gang da Nike.

    Dentre outros grupos populares, também podemos falar do City Runners, comunidade nascida em São Paulo que mescla arte, moda, cultura e esporte em ações mensais, além do Elas Que Voam e Pace Delas como grupos de corridas apenas para mulheres que vem movimentando o cenário de running brasileiro.

     

     

    Para os que procuram campeonatos e competições, a Asics Golden Run, a Night Run SP, a Nike São Paulo Run e a Santander Track&Field Run Series são ótimas ações de marcas de esporte que movimentam grupos de atletas profissionais e amadores durante o ano.

    Foto: Santander Track&Field Run Series (tfsportsoficial)

    Novas redes sociais
    E quando falamos de redes sociais e grupos de corrida, um questionamento aparece: Você participaria de grupos de corrida, se não pudesse postar sobre eles? Independente da resposta, os runners estão abandonando o Instagram e o Tik Tok para surfarem nos feeds esportivos de aplicativos como o Strava e o Nike Run Club.

    ‘‘Uso o Strava! […] A conta do City Runners no Strava é um ótimo exemplo, geral compartilhando seus treinos todos os dias e se incentivando. Acho super importante, além do fator social de conhecer quem tá no mesmo corre que você’’, relata Sérgio Muniz quando perguntado sobre a função de socialização desses aplicativos.

    Ambos os apps funcionam como rastreadores de exercícios físicos. No entanto, com o boom das corridas, a funcionalidade deles ultrapassa a básica função de controle de pace – a quantidade de minutos que o corredor leva para completar 1 km – e batimento cardíaco, mas tornam-se a plataforma ideal para atletas se conhecerem, compararem suas performances, e futuramente, marcarem encontros para correr.

    Já Fernanda Balieiro, designer da marca de joias Balieiros usa o aplicativo para registrar seu desempenho e descobrir novas rotas de corrida. ‘‘Acho legal o aplicativo para conectar com outros atletas. Eu gosto de ver o pessoal treinando no app, me incentiva a fazer também.”.

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