Ainda hoje uma em cada três garotas e/ou mulheres são vítimas de violência (doméstica, sexual, tráfico humano, etc.) no mundo inteiro. A cada dois segundos, uma menina com menos de 18 anos é forçada a se casar. 15 milhões de garotas adolescentes entre 15 e 19 anos já foram estupradas. Só na Europa, 43% das mulheres já sofreram violência psicológica de seu parceiro.
A fim de combater esse cenário desolador e trazer visibilidade para tal, pelo sexto ano consecutivo a Kering, empresa detentora de grifes como Gucci, Balenciaga e Saint Laurent, divulga a campanha digital White Ribbon for Woman, que acontece de 20 a 25 de novembro, dia internacional do combate contra a violência à mulher.
A ideia é fazer os homens se imaginarem no lugar das mulheres e compartilhar nas redes sociais histórias pessoais com a #ICouldHaveBeen (poderia ter sido eu) pensando como a vida teria sido diferente se nascessem mulheres.
Quem estrelou a campanha foram embaixadores de algumas marcas sob o guarda-chuva do conglomerado, como Alessandro Michele, Joseph Altuzarra, Christopher Kane e Dennis Chan. Eles ganharam nomes que seus pais teriam lhes dado caso nascessem mulheres: Michele torna-se Camilla; Altuzarra, Juliette; Kane, Christine; Dennis, Denise. Já Stella McCartney e Salma Hayek, que também estrelam a campanha, são chamadas de “Her”, em solidariedade às vítimas.
“Nós mulheres somos um time. Temos que oferecer suporte umas às outras e nos mantermos unidas. Os homens estão demonstrando seu apoio, e agora temos que unir forças”, conta Stella McCartney. “Estou confiante de que a geração mais jovem de mulheres e homens use sua voz e força de vontade”. Para Altuzarra, perguntar para seus pais que nome ele teria recebido se nascesse menina o fez refletir diversas questões. “É irritante pensar que, como Juliette, eu poderia ter sido menos seguro ou menos poderoso. Devemos garantir às mulheres que nunca mais sejam tratadas dessa maneira”, divide.
No site da campanha, é possível encontrar associações no mundo inteiro que atuam em favor das mulheres que tenham sofrido algum tipo de violência – acesse aqui – além de possibilitar a participação na campanha: basta disponibilizar sua foto e o próprio site a transforma com os dizeres da campanha para que seja compartilhada nas redes sociais.