A inspiração de Virgil foi o filme Le Ballon Rouge, de Albert Lamorisse de 1956 onde um garotinho flana por Paris seguido por seu balão vermelho. Uma ode à infância, que já dava pistas desde o convite que era uma pipa para ser montada pelos convidados.
Place Dalphine, uma pequena praça no coração da Ile de La Cité no centro de Paris, a poucos passos do estúdio de Virgil Abloh na Louis Vuitton foi a locação escolhida para receber a terceira e melhor coleção do americano para a Maison francesa. A Vuitton transformou a praça num playground com direito a castelo inflável, barracas de crepe e sorvete e uma livraria Louis Vuitton.
A locação foi cenário perfeito para uma coleção que respirava leveza (ao contrário das 2 coleções anteriores). Virgil focou na natureza dos tecidos que ganharam dobras, amassados, foram sobrepostos, plissados criando padronagens e tinham ainda assim tinham movimento fluído. Os bolsos utilitários que já tinham aparecido nas outras coleções adornando jaquetas, blazers e coletes aparecem aqui em tecidos levíssimos e em proporção oversized. A cartela de cores em tons lavados e pastel (desde a Prada a grande tendência para o verão 2020) foi nomeada por Virgil de “cores de sabonetes”.
O release da coleção falava da beleza das flores a Virgil dedicou a elas vários momentos em estampas, bordados e na decoração de chapéus, das bolsas e até de harness que foi coberto por pequenas delas numa das imagens mais belas da temporada até aqui. A peça que já virou uma das assinaturas de Virgil na marca.
No bloco final vieram os looks mais esportivos, com os modelos carregando nas costas peças em forma de pipas nos mesmos tecidos das roupas. O styling foi um dos pontos altos do show, assinado pela jovem Christine Centenera, fashion director da Vogue Australia.
Uma coleção sobre a leveza e inocência da infância para tempos distópicos e sombrios. Emocionou.
Veja a coleção completa aqui.
Os sneakers LV 508 Trainer e o Montant, lançados no verão passado ganharam novas collorways nos tons da coleção.