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    Conheça Iris Van Herpen, promessa de frescor na alta-costura
    Conheça Iris Van Herpen, promessa de frescor na alta-costura
    POR Redação

    iris_capa©Reprodução

    Iris Van Herpen é uma dessas estilistas que faz um trabalho cuja linha divisória entre moda e arte não fica clara. A holandesa, nascida em 1984 na cidade de Wamel, iniciou sua própria marca em 2007, após se formar em Design de Moda na ArtEZ, em Arnhem, também na Holanda. Enquanto estudante,ela estagiou com ninguém menos que Alexander McQueen, em Londres. Além de McQueen, Hussein Chalayan e Nicolas Ghesquière são os designers mais admirados pela estilista, que vê em Björk um grande ícone de estilo (ela inclusive já desenhou um vestido para a cantora).

    Suas criações frequentemente misturam elementos de moda, arte e escultura, usando materiais específicos do design de produtos e da arquitetura. Em entrevista para a “Dazed&Confused”, Iris contou que o mais importante de seu trabalho é manter-se próxima ao formato do corpo. “Meu trabalho é sobre materiais, formatos e novas técnicas. Eu gosto de trazer novas técnicas para a moda, porque de outra maneira eu não posso respirar ou continuar criando”, explicou a designer. Além da matéria-prima diversa, Iris coloca a tecnologia a seu favor, já que algumas peças são desenhadas no computador e feitas a laser, pois utilizam técnicas difíceis de serem feitas à mão. No entanto, em boa parte de seu trabalho, a estilista combina o uso da tecnologia com artesanato.

    iris_van_2©Reprodução

    “Para mim moda é uma expressão da arte que está muito relacionada comigo e com meu corpo. Eu vejo isso como minha expressão de identidade combinada com desejo, humor e cultura”, explica a designer, e acrescenta que em seu trabalho ela tenta deixar claro que moda é muito mais do que somente funcional ou uma ferramenta comercial, e sim uma maneira de mostrar e vestir arte. “Com meu trabalho pretendo mostrar que a moda pode acrescentar algum valor ao mundo, que é atemporal e que o seu consumo pode ser menos importante do que o seu início”.

    Seu discurso é coerente com sua carreira, já que Iris é não faz roupas em larga escala. Seu design, inclusive, não é possível de ser usado diariamente, mas a estilista é firme em sua visão: “Tive um pouco de medo no início, e eu não tinha ideia se as pessoas entenderiam o que eu estava criando. Meus conceitos são um tanto abstratos e incomuns. Então eu não sabia como deixá-los claros para outras pessoas. Eu ainda acho difícil às vezes, porque gosto de filosofar e mudo de ideia sobre meu trabalho e conceitos o tempo todo. No começo pensei que as pessoas achariam isso estranho e caótico. Mas a sensação de que eu precisava compartilhar com outras pessoas o que eu criava sempre foi mais forte do que as dúvidas”, contou ela para a revista “Fault”.

    iris_van_3©Reprodução

    Sua ligação com as artes também serve como inspiração para seu trabalho, mas não de maneira óbvia. Muito mais do que a obra de arte ou o conceito por trás dela, é o artista e a maneira que ele vive que mais a inspira: “E às vezes experimento um jeito realmente puro de me inspirar; se eu vejo algo novo, algo realmente bonito na arte, isso me deixa feliz e me dá energia para eu mesma criar. Então é só a vontade de trabalhar, não a inspiração para criar um conceito ou algo assim”.

    Iris van Herpen vai desfilar na próxima edição da Semana de Alta Costura de Paris como membro convidado; no início do ano, ela havia feito um desfile paralelo ao evento. Iris é uma estilista que destoa de um jeito bom do tradicionalismo recorrente dos estilistas da alta-costura, que, para ela, precisa de uma nova imagem, novas técnicas, experimentações, materiais e conceitos modernos, como são o futuro e a inspiração da moda. Entre todos os “couturier”, Ricardo Tisci é seu preferido, pela maneira que utiliza artesanato de uma maneira nova. “É tradicional e futurístico ao mesmo tempo”, explicou ela.

    Se a alta-costura precisa de novidade, talvez atenda pelo nome de Iris Van Herpen.

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