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    Negócio da previsão de tendências cresce e Brasil ganha destaque
    Negócio da previsão de tendências cresce e Brasil ganha destaque
    POR Redação

    tendencias-montagemDescobrir tendências é tendência ©Reprodução

    Em uma era na qual as mídias sociais ganham cada vez mais força e as pessoas – e empresas – estão hiperconectadas, a previsão de tendências tem se tornado um negócio muito importante. Além disso, esse poder de prever o que vai ser o interesse do consumidor antes mesmo dele saber disso está virando um negócio grande e altamente competitivo.

    A avaliação inicial foi da editora de mídia digital do jornal britânico The Telegraph, Emma Barnett, e confirmada por caçadores de tendências que atuam no Brasil. A diretora do WGSN para a América Latina Andrea Bisker explica que prever tendências é “entender onde estamos e para onde vamos, isso é um exercício diário e contínuo”.

    De acordo com Andrea, as empresas precisam a cada dia tomar decisões mais assertivas “e com a quantidade de informações disponíveis no mercado, a pesquisa e a antecipação de tendências é fundamental”, defende.

    O WGSN foi o precursor na onda dos bureaux de tendências e surgiu em 1997, iniciado pelos irmãos britânicos Julian e Marc Worth. A dupla inglesa foi esperta, levou logo o serviço para a internet e com as atualizações diárias começou a cobrar assinaturas anuais que não saíam por menos de 16 mil libras. O negócio deu tão certo que, em 2005, a criação dos irmãos Worth despertou o interesse da Emap, empresa multiplataforma que atua com negócios em várias áreas, de moda a saúde. A transação rendeu 140 milhões de libras aos criadores do WGSN.

    Em 2003, um novo contador de tendências apareceu no mercado, desta vez, com sede em Nova York. O Stylesight também tem sede aqui no Brasil e Camila Toledo, diretora de tendências do portal por essas bandas, também acredita que trabalhar com previsões é imprescindível. “O mercado está cada vez mais exigente, perdas e riscos devem ser minimizados ao extremo, e as previsões de tendências são cada vez mais importantes. Não só o mercado da moda, mas agências de publicidade e empresas de tecnologia já entendem a importância de olhar mais pra frente”, avalia.

    Aqui no Brasil, a BOX1824 é outra empresa que faz o serviço de mostrar o que vai pegar logo, logo. A BOX1824 nasceu há sete anos, “pela necessidade de um olhar fresco e jovem pelo mercado. E com um gostinho especial pelo futuro”, conta Lucas Liedke, diretor da área de tendências da agência.

    Na opinião de Lucas, o mercado da previsão de tendências se desenvolveu rapidamente nos últimos anos, e vem se abrindo cada vez mais, para novas finalidades e metodologias de pesquisas.

    cacadores-tendenciasCamila Toledo, Lucas Liedke e Andrea Bisker contam que a previsão de tendências cresce no Brasil ©Divulgação

    O negócio das tendências no Brasil

    Para Lucas, no Brasil, a questão das tendências ainda é muito ligada à moda. “Os significados caminham juntos de um jeito forte, o que é ótimo, mas podemos ir além. É preocupante quando se cai em um discurso com muito deslumbre e pouca análise. No entanto, as coisas estão evoluindo e o mercado como um todo está ficando mais maduro para discutir e problematizar essa questão”, acredita.

    Segundo o diretor de tendências da BOX1824, a diferença hoje entre uma marca puramente brasileira e uma puramente global é muito sutil. “É preciso cada vez mais entrar em sintonia com o que acontece lá fora e destrinchar o que acontece de mais bacana aqui dentro. As pessoas estão cada vez mais informadas e exigentes e esperam que o mercado se atualize com rapidez”, diz ele.

    Andrea Bisker, do WGSN, acredita que o Brasil está cada vez mais nos holofotes, sendo o “país da vez”. “É necessário que se entenda o brasileiro, os costumes e hábitos. Todos os olhos estão voltados para cá e cada vez mais nosso país tem sido motivo de estudo para nosso escritório lá fora, com cada vez mais conteúdo sendo gerado aqui”, define Andrea.

    Para Camila Toledo, do Stylesight, o Brasil é uma potência bem maior que a América Latina e é também mais desenvolvido em termos de moda. “A absorção de novas tendências ainda é mais rápida por aqui. O Brasil é um lançador de tendência em jeans, biquínis, estamparia… Nós geramos mais volume em tendências que outros países da América Latina”, comenta.

    A previsão de tendências tem se tornado um grande negócio, que mistura ferramentas editoriais com tecnologia. Mas na análise da editora Emma Barnett, do The Telegraph, a batalha está traçada e o vencedor será o serviço de previsões que conseguir manter a inovação com desenvolvimento de tecnologia e oferecer informações e ferramentas indispensáveis aos seus clientes.

    Por aqui, marcas como Volkswagen, Fiat, Unilever, C&A, Renner, Marisa, Farm, Animale, Le Lis Blanc, Cris Barros, Grendene, Converse, Reserva, entre outras já apostam em serviços como os prestados pelo WGSN, Stylesight e BOX1824. Por enquanto, todas parecem ter espaço para fazer suas próprias previsões.

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