FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    O futuro da Alta Costura: quem são os nomes que devem dar novo propósito ao segmento
    O futuro da Alta Costura: quem são os nomes que devem dar novo propósito ao segmento
    POR Augusto Mariotti

    A semana de Alta Costura de verão 2021 terminou na última semana nos deixando belas imagens de moda como resultado dos maiores sonhos de um grupo seleto de estilistas. Sonhos estes que são colocados em prática por artesãos profissionais com décadas de expertises manuais e singulares que transformam esses sonhos e experimentos em realidade.

    Outro resultado que essa mais recente semana de desfiles deixou foi a preocupação da Federação Francesa de Alta Costura e da Moda (FHCM) em preparar e apoiar a geração futura de criadores e casas que devem renovar um cenário dominado há anos por marcas tradicionais, muitas delas já sem seus criadores originais, como Dior, Chanel, Schiaparelli, etc.

    Leia também: O que é, quanto custa, que faz e quem usa Alta Costura

    Lançando um novo olhar sobre esse segmento, designers e marcas como Charles de Vilmorin, Julie de Libran, S.R. Studio. LA. CA., Area e Yiuma Nakazato são os nomes escolhidos pelos membros da Federação para serem apoiados e integrarem o calendário de marcas convidadas da Alta Costura. Esse calendário serve como um espaço de observação e apoio onde essas marcas tem suporte também de estilistas membros da Alta Costura que atuam como mentores e patrocinadores de suas coleções, com o objetivo de que em poucos anos eles se estabeleçam no mercado e deixem de ser o futuro, para se tornarem o presente desse segmento centenário da moda que carece de renovação e novos propósitos.

    O FFW apresenta aqui cada um deles:

    Charles de Vilmorin

    https___ffw-com-br_image_2021_altacostura-futuro_03

    Charles de Vilmorin lançou sua primeira coleção em junho de 2020, logo depois de se formar na escola de design. No final de novembro, o rapper Tierra Whack estava usando uma das criações psicodélicas dele no comercial de Natal da Apple. Em dezembro, Jean Paul Gaultier patrocinou a participação do jovem estilista no calendário da alta costura de Paris. A estreia oficial aconteceu nesta última temporada de janeiro, durante a pandemia, sem a possibilidade dele se realizar um desfile tradicional. Ele então apresentou um vídeo onde aparece operando uma pistola de tinta, em referência ao trabalho da artista Niki de Saint Phalle, que nos anos 60 colocou baldes de tinta para que as pessoas atirassem em suas telas; a tinta espirraria em todo o trabalho quando as balas acertassem. Na realidade de seu ateliê, Charles faz suas estampas todas à mão antes de serem aplicadas em suas jaquetas exuberantes de mangas bufantes e vestidos que você pode ver nessa coleção.

    Ninguém menos do que o estilista Jean-Charles de Castelbajac teceu elogios ao talento do estilista: “Charles projeta seus sonhos, pinta suas criações na pele como no papel – e essas silhuetas transformam suas musas em conquistadores psicodélicos … Seu futuro é apaixonado.”

    Veja sua coleção aqui.

    S.R. Studio. CA. LA.

    https___ffw-com-br_image_2021_altacostura-futuro_05

    O senso de Sterling Ruby da colcha americana foi desgastado pela tensão dos eventos recentes, além de perturbado por memórias e pressentimentos sombrios. Muitos nos Estados Unidos compartilharam desse sentimento. A marca do artista contemporâneo Sterling Ruby, que foi trazido à moda por Raf Simons, pode ser definida como uma vasta colcha de retalhos, assim como seu trabalho na arte.

    A sua estreia na Alta Costura (uma das coleções favoritas do FFW) foi diretamente influenciada pelos eventos recentes, da pandemia aos protestos do Black Lives Matter a a recente eleição presidencial americana que trouxe desgaste e tensão e foram traduzidas por ele em suas roupas que são construídas de patchworks, emaranhado de fios, respingo de tintas e colagem de impressões fotográficas sobre silhuetas bold. Os vestidos em chiffon franzido passaram por um processo manual de enxágue e tingimento com enzimas, para no final parecerem desgastados pelo atrito e pela experiência. Nada mais couture de agora que isso.

    Veja sua coleção completa aqui.

    Julie de Libran

    https___ffw-com-br_image_2021_altacostura-futuro_04

    A francesa Julie de Libran já está na sua segunda coleção de Alta-Costura. De Libran é um nome conhecido na cena de moda européia com passagens pela Prada, Louis Vuitton e Sonia Rykiel, onde assinou as últimas coleções introduzindo na marca uma linha de vestidos de festa em edição limitada feitos sob encomenda. Alguns deles eram feitos com tecidos de estoque morto, num pensamento anti-desperdício que ela já tinha desde então.

    Ao formatar a marca que leva sua nome, a estilista queria criar um negócio que fosse responsável e adaptado às nossas vidas e circunstâncias do presente. Ela então criou uma coleção que contempla desde robes de chambre (perfeitos para ficar em casa), roupas esportivas à vestidos fáceis e prontos para usar assim que as festas puderem acontecer novamente. Tudo feito com uma serie de parcerias com marcas reconhecidas por sua excelência como a Eres (lingerie), a Charvet (camisaria) e a Goossens (bijuterias).

    Veja a coleção da designer aqui.

    Yuima Nakazato

    https___ffw-com-br_image_2021_altacostura-futuro_01

    “Eventualmente, cada vestimenta será única e diferente.” Isso é o que o criador imagina para o futuro da humanidade.

    Sua jornada em busca de ideias inovadoras para mudar o conceito de roupas começou em 2016, quando se tornou membro convidado da Alta Costura sendo o segundo designer japonês a atingir esse feito.

    Seu trabalho é calcado na pesquisa colaborativa com especialistas de várias áreas e integração de tecnologia de ponta e artesanato.

    Veja sua mais nova coleção.

    Area

    https___ffw-com-br_image_2021_altacostura-futuro_02

    A marca norte-americana Area, da dupla de designers Beckett Fogg e Piotrek Panszczyk, já vem chamando a atenção desde que suas criações ousadas e cintilantes foram usadas por Beyoncé e Michele Obama. Mas para muitos, a decisão de se mover em direção à Couture foi inusitada. Tecnicamente, os designers são baseados em Nova York e até então não tinham um ateliê em Paris, como mandam as regras da Federação. Porém a dupla se reestruturou recentemente, dividindo sua produção em pret-à-porter e peças únicas. “Estou bastante confiante em dizer que, se você olhar para uma marca parisienne ou da Alta Moda romana, sinto que estamos operando no mesmo nível de habilidade”, disse Panszczyk, à Vogue americana.

    Eles lançaram então a primeira coleção de Alta-Costura que foi mostrada junto com a programação oficial que é administrada pela Fédération de la Haute Couture et de la Mode. Veja todos os looks.

    Não deixe de ver
    Tudo sobre o Victoria’s Secret Fashion Show 2024
    Silvério anuncia Sud como diretor criativo da linha Essencial
    Converse volta com clássico modelo de cano alto 18 anos depois
    DRAPEADOS SÃO AS GRANDES APOSTAS DO VERÃO 2O25
    FARM Rio e Adidas celebram uma década de criatividade em nova coleção
    “Impecável: a confecção do estilo negro” é o tema da próxima exposição do met
    Simon Porte Jacquemus é o novo curador da exposição de Lalanne na Christie’s
    Conheça a modelo Carol Monteiro que queria ser diplomata e foi parar na passarela da Louis Vuitton
    Sexy é pouco! Rihanna e Diesel lançam collab de lingerie e roupas
    A MODA ESTA DE OLHO NO SEUS HOBBIES
    FFW