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    Os detalhes do jardim mágico e diverso do Inverno 18 da Gucci
    ©Reprodução
    Os detalhes do jardim mágico e diverso do Inverno 18 da Gucci
    POR Redação

    Por Luísa Graça

    “O que a gente vai fazer com todo esse futuro?” É uma pergunta coerente e realista – e um tanto poética também, não? Pode dizer respeito ao caos social e político nos quatro cantos do mundo, a aspirações pessoais e até mesmo ao porvir da Gucci, que recebeu seus convidados para a apresentação do Inverno 18 da marca em sua sede em Milão com tais dizeres, da artista Coco Capitán, estampados na entrada. “O mundo está mudando e precisamos ser corajosos”, afirmou Alessandro Michele, não faz muito tempo.

    VEJA A COLEÇÃO DE INVERNO 18 DA GUCCI

    Para dar continuidade a sua renascença na marca, Michele criou uma coleção que transpira multiplicidade, ecletismo e simbolismo. Em seu Jardim do Alquimista, tema do desfile, o “poder da imaginação força a inércia da realidade”. É uma celebração à contradição, ambivalência e ideias de Gilles Deleuze e George Herbert Mead. “Pensar em si mesmo como indivíduo envolve a necessidade de reconhecer-se como múltiplas transformações: uma unidade que abriga em si um “parlamento de eus”, uma multidão de identidades, conciliadoras e conflituosas, conhecidas e desconhecidas”, consta nas notas da marca sobre a coleção.

    É a primeira vez que as coleções feminina e masculina da marca se fundem em um mesmo desfile, uma configuração ideal para Michele continuar a explorar dualidade e androginia. O casting, que contou com a participação da brasileira Alexia Bellini, já reflete a iniciativa pioneira da marca de se unir à Parks – Liberi e Uguali, organização italiana sem fins lucrativos que assiste empresas no desenvolvimento de estratégias propulsoras de diversidade, com foco em orientação sexual e identidade de gênero.

     

    Scenes from the #GucciFW17 fashion show through the eyes of @cococapitan. #cococapitanwriting

    Uma publicação compartilhada por Gucci (@gucci) em

    O convite

    Os dizeres de Coco Capitán (mais sobre ela jajá) ilustram também o convite do desfile: um vinil – cujo áudio agora está disponível no aplicativo da Gucci, vale dizer. No lado A, Florence Welch recita Canções da Inocência e da Experiência, de William Blake; no lado B, ASAP Rocky lê “A Carta do Capitão Frederick Wentworth para Anne Elliot”, trecho do romance Persuasão, de Jane Austen. Os dois, parceiros da marca e amigos pessoais de Alessandro, bateram cartão na primeira fila junto com uma turma estrelada. Hari Nef, Petra Collins, Tom Hiddleston, Jared Leto, Tavi Gevinson, Soko, Trouble Andrew, Salma Hayek, Bobby Gillespie, Gia Coppola e mais.

    Florence Welch e Hari Nef ©Cortesia Gucci

    Florence Welch e Hari Nef ©Cortesia Gucci

    Purple haze

    Dentro do Gucci Hub, os convidados acompanharam o desfile sob uma luz brumosa em tons de roxo. Um túnel de acrílico com uma pirâmide no centro, espécie de estufa pós-apocalíptica do tal jardim do alquimista, serviu de palco para os modelos. O setting ficou ainda mais atmosférico com a trilha, meio sci-fi, meio religiosa, com voiceovers que se assemelham a rezas católicas se sobrepondo à música minimalista, como a melancólica The Rocket Builder, do compositor sueco Jóhann Jóhansson (também na trilha da série The O.A., da Netflix).

     

    A coleção

    O Ouroborus, símbolo egípcio de uma cobra engolindo sua própria cauda, foi também referência para a coleção, sugerindo autorrenovação. Se tudo o que é antigo torna-se novo, botas de caubói, kilts, jaquetas varsity, quimonos de seda, vestidos Art Deco e referências distintas de várias épocas diferentes (até mesmo futuristas) passaram pelo filtro do estilista em 120 looks. As características flores da Gucci – rosas, tulipas, miosótis, estamparam a coleção, assim como motivos de animais. Morcegos, abelhas, besouros e raposas apareceram em suéteres, leggings, acessórios como bolsas, anéis e pochetes e ainda num bodysuit azul que deixava a barriga do modelo à mostra. Aliás, uma das peças mais marcantes da coleção foi justamente um outro bodysuit, todo brilhante, cobrindo o corpo das modelos dos pés à cabeça sobreposto por vestidos ou, num dos casos, por shorts jeans e regata com o logo da marca com intervenção gráfica de Capitán. Verdadeiramente um “parlamento de eus” de puro ecletismo.

    ©Reprodução

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    Finalmente, Coco

    Uma colaboração da Gucci com a fotógrafa Coco Capitán era mera questão de tempo. Depois de fotografar para a Paco Rabanne, Miu Miu, Mulberry, A.P.C. e revistas como Dazed, Vice e Self Service, além de um número da revista A Mag Curated by editada por Julien Dossena, a espanhola assinou os lookbooks do Verão 15 e do Resort 16 da Gucci – essa última coleção desfilada em Nova York, com direito a um diário fotográfico da cidade encomendado a ela pela marca italiana. Para algumas peças do Inverno 18, Coco emprestou sua inconfundível caligrafia em dizeres como: “senso comum não é tão comum”, “amanhã agora é ontem” e “quero voltar a acreditar numa história”.

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