LOTE
A Lote nasceu sem pressa, em meio ao caos e desequilíbrio, tentando reorganizar ideias e ressignificar o processo criativo da sua criadora, Luiza Tiezzi. Luiza é estilista e atua no mercado há mais de 10 anos, tendo trabalhado para marcas como Daslu, Cris Barros e Nk store: “Toda essa minha trajetória me trouxe muitos questionamentos e inseguranças em relação a moda e consumo atual.” conta a designer.
A marca funciona como um projeto de experimentação, sem as pressões e amarras da indústria. As peças são feitas a partir da reconstrução e modificação de artigos comprados em lotes, daí o nome. Esses lotes são provenientes de uma longa curadoria obtida através, principalmente de leilões, famílias vende tudo, feiras, e vendedores diretos. Muitas vezes os lotes são fechados, e não há como saber seu conteúdo antes da compra: Luiza Tiezzi então ressignifica esses produtos e cria as chamadas cartelas – nome que deu às coleções da marca, em referência aos leilões.
Para essa primeira cartela foram confeccionadas peças de roupas feitas com toalhas de mesa, guardanapos e lençóis antigos. A primeira venda oficial acontece através do site e Instagram, que será lançado dia 14/09.
HAIGHT
Mah Franklin, diretora criativa e fundadora da Haight, conta que não sonhava em abrir uma marca própria, mas em um dado momento a marca na qual ela trabalhava fez um desfile em colaboração com uma marca de beachwear grande e então, em 2015, seu sócio e amigo Philippe, lhe propôs que abrissem uma marca.
Em 2019, após participarem de uma série de feiras de atacado e já estar presente em diversas multimarcas e e-commerces, a Haight estreou na SPFW e o resto é história, a marca conseguiu navegar muito bem a pandemia com uma série de iniciativas de responsabilidade social e cuidado, apesar de ter atrapalhado alguns planos dos sócios e nesta semana, lança sua nova coleção: Ma.
Para essa coleção, nossa equipe de estilo se inspirou no conceito Ma, representado na cultura japonesa pela união de dois símbolos: a porta e o sol. A porta, aberta, é essencialmente um espaço vazio. Um vão através do qual enxergamos a luz do sol. Ma é uma ausência que permite que algo se manifeste através dela. Como se através do nosso vazio pudéssemos ver a luz. Ma é a pausa nas conversas, o silêncio. O vazio com propósito.
ANADUQUE+
A Ana Duque+ nasceu com a proposta de ser uma marca que olha para a moda como manifestação cultural e não como indústria. Seu objetivo é apresentar e homenagear, a cada coleção, uma cultura. A designer, que cursou direito, procurou uma forma de canalizar sua força criativa, que floresceu graças ao incentivo da avó que sempre a ensinou sobre a sua origem japonesa e sobre a riqueza da diversidade. Através disso, Ana Beatriz Duque materializou em peças referências e trabalhos que absorveu ao longo do seu desenvolvimento como designer.
Foi inspirada nessa jornada que nasceu a Place of Freedom, segunda coleção da marca que tem as peças de barro são a grande novidade da coleção. Produzidas por uma família de artesãs que passa o conhecimento de geração em geração: os colares, os vasos e as xícaras foram moldados nos corpos dessas mulheres, o que torna cada peça única e rica em história. A marca mais uma vez exalta o trabalho de artistas locais ao escolher dar voz à associação dos artesãos de Coqueiro Campo Buriti, comunidade rural do Município de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
Para reforçar a responsabilidade socioambiental, a Ana Duque+ escolheu trabalhar com tecidos sustentáveis que misturam algodão e poliéster de PET reciclado.
GIA
Criada em Belo Horizonte, a Gia começou como um projeto pessoal de duas amigas, Sara Paiva e Izabella Mourão, que, na necessidade de se reinventarem, decidiram usar toda sua criatividade e perceberem que há potencial de reinvenção em tudo, por isso o investimento no upcycling e no rework.
A maior parte da produção da Gia são peças de patchwork e upcycling, uma moda sustentável e necessária. As peças são confeccionadas com tecidos reaproveitados e em pequena escala, o que evita desperdícios.
“Acreditamos que um produto só vale a pena ser vendido se todos que participaram desse processo se beneficiam de modo justo dele.” conta a dupla, que valoriza uma rede de apoio e produção local de Belo Horizonte.