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    Sabe o que é Análise de Coloração Pessoal? A consultora de estilo Paula Leandro explica
    A consultora de estilo Paula Leandro
    Sabe o que é Análise de Coloração Pessoal? A consultora de estilo Paula Leandro explica
    POR Redação

    Por Pedro Batalha

    A consultora de estilo Paula Leandro, formada em comunicação com habilitação em Relações Públicas pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB), trabalha com moda desde 2015 e especificamente com Análise de Coloração Pessoal desde 2018.

    Até o ano passado Paula costumava realizar o processo de Análise de Coloração pessoalmente na casa de suas clientes. Com a pandemia ela precisou se adaptar e novas formas de aplicação foram desenvolvidas. Hoje ela trabalha com seus clientes por vídeo-chamadas afim de obter os resultados.

    Leia abaixo nossa conversa com Paula sobre Analise de Coloração e entenda um pouco mais sobre sua importância e como ela pode ajudar a realçar a beleza natural de cada um.

    Paula, você pode nos explicar como funciona o trabalho de Análise de Coloração pessoal? Qual é o objetivo e importância dessa análise?

    A análise de coloração é uma ferramenta que existe para entendermos quais cores harmonizam com a nossa beleza natural individual. A gente parte do pressuposto de que todo mundo nasce colorido. Temos cor nos olhos, na pele, cabelo, lábios, contrastes. Nomear essas cores  que harmonizam com a gente é o principal objetivo. A partir desse entendimento, cada pessoa pode ter um objetivo específico, como passar a usar mais cores, combinar melhor as roupas, mudar a maquiagem ou usar mais acessórios…

    O trabalho inicia no primeiro contato. Eu já começo a observar a pessoa – cor dos olhos, cabelos, boca, linhas…. São profundos? São claros? A boca tem contornos bem marcados? Tem manchas? O conjunto da beleza já começa a ser analisado no primeiro contato. Mas basicamente começo fazendo uma anamnese – perguntas diversas sobre como a pessoa usa a cor no dia a dia. Quais são as cores da maquiagem, acessórios, se usa muito ou pouco brilho por exemplo e sigo nessa conversa. Hoje meu questionário tem 17 perguntas. Em seguida a análise em si começa. Se for presencial, a pessoa, sem maquiagem, coloca um avental e faixa cinza no cabelo para neutralizar a cor da roupa. Então começo a colocar tecidos – feitos especialmente para aplicação dessa técnica – perto do rosto da pessoa e vou comparando tecidos de temperaturas , intensidades e profundidades diferentes até chegar em um resultado. O resultado é uma das 12 cartelas, onde cada uma corresponde a uma estação do ano. Podendo ser pura (a principal característica é a temperatura, ou seja, ser quente ou fria) ou neutra quente e neutra fria. Assim, temos: Primavera e Outono – cartelas quentes e Verão e Inverno cartelas de cores frias. As suas derivações neutras: Primavera Clara ou Brilhante, Outono Suave ou Profundo. Verão Suave ou Claro e Inverno Brilhante ou Profundo. Eu também faço o mesmo processo online.

    A análise de coloração pessoal é uma regra ou imposição de cores? Existe a possibilidade de nos identificamos muito com uma cor que não se encontra na nossa cartela?

    Não existe regra nem imposição. A análise busca uma beleza harmônica e precisamos ter um cuidado aqui. Entendemos que uma vez que a gente sabe as cores que harmonizam, temos também a opção de escolher não usar essas cores e expandir nosso horizonte para a beleza do estranho, do diferente. Ou seja, de forma consciente e com intenção podemos expandir nosso conceito de beleza, sermos mais assertivas nas compras,  experimentar e sair da zona de conforto.

    Por beleza harmônica, pensamos nos padrões que a sociedade nos impõe – pele branca, cabelo liso e corpos magros. A análise nos traz para  pensarmos em nossa beleza natural e real – com manchas, sardas, peles pretas, peles brancas – tudo é característica de beleza

    Intuitivamente, muitas pessoas já usam as cores da sua cartela mesmo sem nunca terem feito análise de coloração. Eu por exemplo sou de uma cartela fria e me identifico muito com tons quentes – tenho uma memória afetiva de ver minha mãe usando tons terrosos, queimados do outono. Eu quase não uso mais cores quentes, mas trago essas cores na decoração da minha casa, pois tenho essa conexão. E eu ensino na entrega da cartela a  técnica para usar cores que não fazem parte da sua cartela mas que você ama muito e faz sentido para você e para sua história de vida.

    Você acredita que existe algum pré-julgamento do que seria uma cor mais adequada para uma pessoa em relação à tonalidade de sua pele?

    Existe uma tendência de acreditar que pessoas pretas possuem subtom quente – ou seja ficam melhor em laranjas, amarelos, vermelhos. Eu passei uma vida todinha usando essas cores, pois, eu tinha que usar cor que se ‘destacasse’ em mim. Eu não posso deixar de pontuar e obviamente essa é uma observação pessoal, como essa forma de pensar pessoas pretas como tendo subtom  quente perpetuem expressões racistas como ‘da cor do pecado’ e como isso tem relação com a sexualização dos nossos corpos. Pessoas pretas não podem gostar de tons pastel, claros, suaves, frios?

    Precisamos ter um senso crítico apurado também não só para as questões raciais como para as questões de gênero dentro do universo das cores. Acontece de uma forma muito sutil e eu vejo na consultoria de estilo – combinações de cores masculinas da cartela x. Cor não tem gênero. Cada um usa o que quer, o que faz sentido pra si. Não estou aqui falando sobre psicologia das cores que é outro assunto.

    Como você associa seu trabalho com a construção da autoestima das pessoas?

    A análise é uma ferramenta – entender suas cores é autoconhecimento. Em alguns atendimentos presenciais eu às vezes dava um espelho de rosto para que as pessoas se observassem. Simplesmente elas não viam, por exemplo, que a boca é super colorida e se acham pálidas. Tem uma virada de chave em enxergar o potencial da sua beleza natural aliada às cores. E isso traz segurança, confiança para ousar mais nas escolhas do vestir e nos acessórios.

    “Todo processo de construção, fortalecimento e resgate de autoestima parte de uma busca por se conhecer”

    Quero fazer uma ressalva:  As pessoas acham que ao fazer análise de coloração a vida vai mudar. E não é assim. Cor é parte também do nosso estilo pessoal. E saber o nosso estilo dá trabalho, é uma jornada longa. Estilo é fluído e não pode ser construído apenas com as nossas referências externas salvas no Pinterest. Então, conhecer seu estilo e ter clareza de como você comunica quem você é através da roupa é mais importante. A análise é um detalhe dentro desse contexto. Aí, para trabalhar estilo eu tenho o Acolha-se que é o meu serviço de consultoria de estilo. Ele foi aprovado em um edital de aceleração do Sebrae-BA e estou tendo uma oportunidade de  reformulá-lo  para atender mais e melhor.

    Uma vez feita a análise, como podemos fazer uso desse conhecimento?

    Quando eu chego em uma cartela final, faço toda a explicação – dura em torno de 45 min a uma hora. Além de falar , eu entrego um material em PDF com todas as informações sobre a cartela. Mas, uma coisa que eu acho importante é exemplificar para a cliente como são as cores da cartela dela para que ela não fique refém de um pedaço de papel. Vamos lembrar que análise de coloração é um negócio, e temos atualização de cartela. Então, explico em detalhes como é cada estação para que todo mundo entenda o conceito da sua cartela. Dito isto, indico começar pela maquiagem ( para quem é da maquiagem) ou nos acessórios. Pois são itens com o custo benefício mais baixo e você vai sentindo como aquela cor funciona e combina com o todo. Colocar um lápis de olho em outra cor que não seja preto ou marrom ou trazer acessórios com materiais menos usados como cerâmica ou madeira.. tudo isso vai ser sugerido de acordo com a cartela e suas características de acabamentos, cor , contraste e profundidade.E aí as possibilidades são infinitas, de trazer essas informações para roupa, unhas, cabelo.. .algumas pessoas usam até na construção de suas marcas na internet.

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