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    Sneakers em queda: a mudança do desejo do consumidor

    Após um pico em 2021, mercado reflete sobre o novo comportamento e traça números mais tímidos de crescimento até 2027

    Sneakers em queda: a mudança do desejo do consumidor

    Após um pico em 2021, mercado reflete sobre o novo comportamento e traça números mais tímidos de crescimento até 2027

    POR Vinicius Alencar

    De acordo com um relatório recém publicado pelo Business of Fashion, o crescimento das vendas globais de tênis caiu em 2022. Sinalizando uma desaceleração do mercado, após um pico homérico de 19,5%, em 2021.

    Apesar das vendas globais totalizarem ainda um número impressionante (US$ 152,4 bilhões) e refletirem um aumento de 2,7% de acordo com o Euromonitor, o declínio dramático revela como o comportamento do consumidor de tênis vem se transformando.

    Intrigada com esse perfil, a indústria de tênis agora está projetada para crescer a uma taxa média anual de 3,6% até 2027, um número não tão empolgante, porém mais realista.

    Embora a Nike  e a adidas provavelmente tenham crescimento, as duas principais marcas estão atualmente enfrentando um grande problema de logística por conta de estoques excessivos, sem contar o mercado chinês que se modificou radicalmente.

    Para se ter uma noção, em 2022 a Nike ficou com $ 9,3 bilhões de dólares em estoque e a Adidas segurando $ 6,7 bilhões de dólares em estoque – números reunidos até  novembro de 2022.

    As ofertas da Nike e da adidas claramente continuarão a girar o mercado e serem procuradas, porém a sensação instaurada é que os consumidores que mais se empolgavam com colaborações estão entediados em meio a tantos lançamentos, o que permitiu que marcas menores gerassem mais curiosidade, entusiasmo e, consequentemente, consumo.

    Nessa corrida quem ganhou fôlego foram a ASICS  (18% de aumento ano a ano, totalizando US$ 229 milhões),  Mizuno, Merrell, On Running e Salomon.

    Espera-se que o mercado de tênis enfrente condições macroeconômicas desafiadoras especialmente em 2023 com a queda na demanda do consumidor. Embora novas oportunidades possam surgir.

    Vale lembrar que ano passado, o aumento dos preços da Nike no Brasil já havia sinalizado essa crise, especialmente por prejudicar diretamente o mercado de revenda.

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