FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Os figurinos de Pina Bausch
    Os figurinos de Pina Bausch
    POR Redação

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    Tomando como gancho a produção “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012”, que estava em cartaz até o início da semana e que celebrou os iminentes Jogos Olímpicos de Londres e a própria Pina Bausch, morta em 2009, a “AnOther Magazine” publicou um artigo analisando um dos importantes elementos que ajudaram (e continuam) a definir a identidade da companhia de dança alemã: o figurino.

    Responsabilidade de Marion Cito desde 1980, o figurino da Tanztheater Wuppertal é marcado também pelo espírito “orgânico” que rege a companhia: “A visionária coreógrafa Pina Bausch nunca seguiu um método prescrito para conceber suas produções originais. Guiada, em vez disso, por sua intuição afiada, Bausch deixava suas obras evoluírem de uma forma orgânica e visceral, e seus dançarinos e colaboradores de confiança no Tanztheater Wuppertal pegavam o ritmo à medida em que sua visão criativa se desenvolvia. Para Marion Cito (…), isso significava criar figurinos de uma forma “especulativa”, contando com certo volume de adivinhação, em termos da direção que ela sentia que cada peça devia seguir, para manter o ritmo do seu trabalho”.

    A “AnOther Magazine” destaca também o interesse de Bausch no estudo das emoções humanas, e analisa a forma como esse senso de humanidade marca suas coreografias e todos os elementos que a envolvem – incluindo o figurino. “Os figurinos do Tanztheater são interessantes porque apresentam os dançarinos sobretudo como pessoas normais – em vestidos, ternos, salto alto e sapatos comuns – em vez de performers em collants tradicionais e sapatilhas de ballet. Glamorosos vestidos de noite também são elementos comuns, usados não apenas como uma demonstração de beleza, como também de desejo; de como homens e mulheres interagem entre si e como suas roupas escondem ou revelam a si mesmos”. Vale complementar a análise da “AnOther Magazine” com a maneira como Marion Cito trabalha com a personalidade de cada um dos dançarinos, criando figurinos personalizados para todos eles – e referenciando as diferentes culturas envolvidas, especialmente nas muitas co-produções internacionais da Tanztheater Wuppertal.

    O uso simbólico das roupas também é mencionado, como nas ocasiões em que as mulheres se vestem como projeções de fantasias masculinas; ou quando os homens usam minissaia e tutus de ballet clássico, em um questionamento sobre os gêneros tradicionais. Há, por outro lado, figurinos que refletem o apelo teatral da companhia, como na coreografia “Nefes”, em que “uma dançarina conta dez mais dançarinos que milagrosamente surgem de debaixo de sua saia, como se ela lhes estivesse dando à luz. É nesses casos que Cito melhor demonstra sua inovação e habilidade como figurinista – criando roupas que parecem “normais”, mas que têm dupla função como acessórios de cena. E mesmo ao criar uma roupa não-funcional, cada peça deve permitir a liberdade de movimentos para a performance, um fator bem compreendido por Cito, ela mesma uma dançarina”.

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    Ensaio do “Tanztheater Wuppertal Pina Bausch: World Cities 2012” ©Cheryl Dunn/Reprodução

    + A editora do FFW, Camila Yahn, comenta o filme “Pina”, de Wim Wenders

    Não deixe de ver
    Met Gala: tudo que você precisa saber sobre o evento
    Pabllo Vittar em collab com a Pornograffiti, os novos modelos da Rolex, a bebida especial da Melissa e muito mais
    Por trás do figurino de ‘A Loja de Atrocidades’
    Coletivo da Amazônia pinta mural no principal Pavilhão da Bienal de Veneza
    Gisele Bündchen no Rio para o lançamento de seu segundo livro, a nova diretora criativa da Bulgari, o brasileiro vencedor de prêmio da Chanel e muito mais
    Gabriel Massan: o artista brasileiro que saiu da Baixada Fluminense para os palcos de Madonna
    Musical ‘A Loja de Atrocidades’ reúne Som, aromas, visuais e performances
    Maxwell Alexandre assina colaboração com a estilista Angela Brito
    Artista brasileiro cria estampas para a Balenciaga
    Gucci e a Editora Contrasto comemoram primeiro livro
    FFW