Impossível não se impactar com o trabalho da artista colombiana Maria Berrio. Ela leva a colagem ao limite, cortando e rasgando pequenos pedacinhos de papel estampado, construindo mundos onde grupos de mulheres vivem com suas crianças em harmonia com a natureza. Ela é uma super pesquisadora de papeis e a maioria deles vem do Japão, mas também têm em sua coleção papeis do Brasil, Tailândia, México e Nepal.
As roupas são grande parte de suas histórias, vestindo lindamente as habitantes de seus mundos imaginários, inspirados por contos folclóricos e situados em florestas e montanhas. Elas usam flores nos cabelos, tem os corpos tatuados e são cobertas por xales feitos de penas azuis. “Elas representam mulheres que quero ser: fortes, vulneráveis, amorosas, corajosas”, diz Maria ao site WePresent.
Algumas vezes ela já tem uma ideia definida e escolhe uma padronagem específica para se encaixar a sua visão; noutras, deixa a beleza da padronagem falar por si só e liderar o processo criativo. Maria ainda contorna os desenhos com carvão, tinta ou lápis colorido para ressaltar ainda mais os detalhes de cada obra. “Minhas cenas acontecem em um momento de uma história imaginada, mas nunca em um tempo específico”, explica. De fato, elas podem remeter a cenas de muito tempo atrás, quando a humanidade vivia em comunhão com a natureza, ou podem vir do futuro, onde a civilização desmoronou, deixando apenas algumas lembranças da infra-estrutura humana, como a última parede de uma casa destruída ou um trem abandonado.
Veja abaixo algumas das obras de Maria Berrio.