Marketplace masculino com curadoria apurada. A ideia da plataforma é fazer com que roupas de marcas desejadas e raras possam ser re-vendidas a preços mais baixos e, assim, compradas por mais pessoas. “Somos uma comunidade feita por entusiastas para entusiastas, unidos pelo amor à moda masculina”, diz um release no site. Por lá, você encontra acessórios e roupas de designers e marcas de luxo e streetwear como Raf Simons, Rick Owens, Burberry, Saint Laurent, Yeezy, Undercover, Margiela, Gucci, Supreme… Todas as peças são vendidas por usuários.
O feedback público e o sistema de classificação do serviço fazem com que haja transparência entre os usuários. Você pode vender peças isoladas ou coleções inteiras que não usa mais.
Um dos especiais do momento é a “loja” do designer Matthew Williams, que decidiu vender sua coleção pessoal com 135 peças de marcas como Raf Simons, Supreme, McQueen e a sua Alyx – praticamente todas as camisetas já foram vendidas. Parte das vendas vão para a iniciativa MWW x SOL, que beneficia um orfanato no Kenya.
Febre atual entre adolescentes e jovens, o Depop foi fundado em 2011 por Simon Beckerman, fundador da PIG Magazine (People In Groove). Originalmente, era uma plataforma onde os leitores da revista podiam comprar os itens que apareciam na publicação. Ao perceber o sucesso, Simon relançou o app como um marketplace global – um espaço onde você pode ver em tempo real o que seus amigos ou as pessoas que te inspiram estão gostando, comprando e vendendo.
Usando uma funcionalidade bem similar a do Instagram, o Depop é um m-commerce (mobile) e também uma comunidade. Você pode seguir os vendedores que gosta mais e também montar a sua própria “lojinha”, com produtos que vão de posters, peças vintage à jaquetas pintadas à mão. Assim como muitas comunidades de venda online, o sistema é bem simples: você fotografa, faz o upload da peça na plataforma, adiciona as informações e aguarda que alguém aperte no Comprar.
O sucesso do app – e o que o diferencia – é que ele oferece estética, preço e individualidade, um sistema de compra online moldado para os millennials. Com 80 funcionários espalhados pelos HQs da empresa em Londres, Milão e Nova York, o Depop hoje conta com 9 milhões de usuários registrados.
Uma das mecas para comprar peças de luxo de segunda mão, o RealReal foi fundado por Julie Wainwright na sala de sua casa. Hoje, é o site referência para venda consignada de luxo. De peças ícones e fáceis de serem encontradas à raridades, a plataforma vende roupas femininas, masculinas, infantis e artigos para casa. Off-White, Gucci, LV, Burberry, Stella McCartney e todas as grifes que você imaginar estão à venda por valores muito mais baixos (porém não baratos) do que os praticados nas lojas. Claro, tratam-se de peças que já foram compradas e usadas, mas que estão em ótimo estado para revenda.
Para se certificar de que as peças colocadas no site são verdadeiras, Julie tem mais de 50 profissionais especializados em autenticidade em roupas, joias e arte. Eles inspecionam milhares de artigos todos os dias para se certificar que são autênticos.
O RealReal também pratica a economia circular, que encoraja, neste caso, o uso de roupas e acessórios o máximo possível. “Aqui nós estamos mudando o que as pessoas pensam sobre peças de luxo e como lidam com elas ao oferecer uma forma fácil e lucrativa de estenderem a vida útil de suas coisas”. Muitos de seus clientes são pessoas com alto poder aquisitivo, mas que não dizem não para uma boa barganha ou que encontram por lá alguma peça de passarela ou de alguma tendência passada que eles acabaram não comprando. O top 10 das marcas mais vendidas: Gucci, Louis Vuitton, Chanel, Christian Louboutin, Hermès, Prada, Céline, Burberry, Valentino e Cartier.
Com dois milhões de visitas por mês (e mais de oito milhões de peças vendidas), a empresa hoje tem 600 funcionários e múltiplas locações nos EUA que enviam produtos para o mundo todo.
Aqui no Brasil, a principal referência é o Enjoei, criado em 2009. Em 2016, ele revelou um crescimento de mais de 80% e iniciou uma operação na Argentina. A plataforma foi criada pela publicitária Ana Luiza McLaren como um lugar em que poderia vender suas roupas para liberar espaço antes de mudar de apartamento. Segundo a página do Enjoei no wikipedia, em 2015, a empresa faturou R$ 120 milhões.