Após Dolce & Gabbana, Gucci, Prada e Versace, é a vez da Dior entrar na mira do público por conta da nova campanha de seu perfume masculino Sauvage.
A Dior postou neste fim de semana o filme com Johnny Depp (veja abaixo), que a marca chama de uma “jornada autêntica e profunda na alma do nativo americano em um território sagrado e secular”. Muitos dos seguidores começaram a deixar respostas e a postar no Twitter acusando a marca de apropriação cultural. Os posts da Dior foram apagados (estão somente na @diorparfums), causando ainda mais antipatia e exigências de um pedido formal de desculpas.
O anúncio mostra um performer dançando à batida de um tambor e uma narração que diz “We are the land. Dior”. Trata-se de Canku Thomas One Star, membro da tribo Rosebud Sioux. A atriz nativa americana Tanaya Beatty também participa do filme. Depp pode ser visto com um chapéu de cowboy e a aparência que nunca mais conseguiu se livrar desde Piratas do Caribe.
No release oficial da campanha, a Dior explica que “assim que começamos a evocar imagens e símbolos dos nativos americanos neste novo filme, a Dior, o diretor Jean-Baptiste Mondino e Johnny Depp decidiram imediatamente entrar em contato com consultores nativos americanos que são cidadãos de Comanche, Isleta e Taos Pueblos e a nação Pawnee, com anos de experiência no combate à apropriação cultural e na promoção da inclusão autêntica”.
A marca também conta que trabalhou ao lado da agência Americans for Indian Opportunity, que aprovou o conteúdo completo do filme, do roteiro e locação ao figurino.
Mas parece que os esforços da Dior em fazer algo sem a conotação de apropriação não foram suficientes. A própria atriz Tanaya Beatty levou a conversa para o Instagram, opinando e explicando sua participação na campanha. Em vez de apoio (afinal, ela tem lugar de fala na questão), Tanaya foi muito questionada por ter participado e endossado o anúncio.
Assista ao filme completo abaixo: