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    Stylists e influencers: até que ponto vai a verdade quando se terceiriza um estilo pessoal?

    De Malu Borges e Livia até uma nova geração de criadores de conteúdo que, ao alcançarem sucesso, profissionalizam algo que era para ser pessoal: o estilo

    Stylists e influencers: até que ponto vai a verdade quando se terceiriza um estilo pessoal?

    De Malu Borges e Livia até uma nova geração de criadores de conteúdo que, ao alcançarem sucesso, profissionalizam algo que era para ser pessoal: o estilo

    POR Redação
    Colaboração Sofia Alvarenga (@sofismos_)

    Se o Instagram parece obsoleto para uma nova geração, o Tiktok traz essa suposta sensação de espontaneidade, que parecia ser bem verdadeira e orgânica até os seguidores descobrirem que seus novos ícones fashion não são tão espontâneos assim, muitos, inclusive, possuem toda uma equipe por trás.

    Foi daí que surgiu a questão: faz sentido um influencer que promove seu estilo pessoal e suas escolhas de moda ser vestido por outra pessoa?

    Durante a temporada internacional em setembro passado, a superprodução de algumas influenciadoras acabou impressionando por não serem tão espontâneas, como a audiência estava acostumada.

    A partir das fashion weeks, seguidores começaram a notar que muitas influencers mais pareciam modelos, e não mais uma pessoa próxima e autêntica que cria conteúdo. Além disso, algumas creators passaram a investir alto em peças de marcas de luxo com direito a assustadores unboxing em sequência.

    O que era para causar desejo acabou contribuindo para um uma enxurrada de críticas dos seus milhões de seguidores. A discussão ficou ainda mais acalorada quando algumas confessaram que tinham recebido ajuda de personal stylists.

    Se a construção de imagem de celebridades por stylists acontece há tempos, entende-se que é porque uma celeb não tem a obrigatoriedade de ter familiaridade com a moda. Agora se influencers do fashion Tiktok precisam recorrer a eles, onde entra o papel delas de autoria e de possuírem genuinamente um marca pessoal? 

    É preciso entender que existem diversas maneiras desse trabalho acontecer, tudo depende do objetivo final. E que se as roupas de “ícones de estilo” estão sendo escolhidas e editadas por stylists, devemos entender se os seus supostos gostos pessoais estão sendo levados em consideração. Não? 

    Alguns stylists colaboraram com influencers para criar uma imagem de moda mais impactante, porém isso bate de frente com a desejada naturalidade.

    Há também um time de influencers que procuram ajuda profissional por um motivo bem simples: ter acesso a marcas e acervos, através de alguém que já é considerado insider.

    Afinal, por já estar inserido na indústria, o stylist atua como um facilitador para influencer, especialmente no relacionamento com marcas nacionais e internacionais.

    Malu Borges, um dos ícones do TikTok, complementa dizendo que o stylist muitas vezes é um viabilizador. Nos trabalhos que realizou com o stylist e também criador de conteúdo, Mitcho Mezzomo, o processo criativo foi feito em conjunto, mesmo porque, em palavras da própria Malu.

    “para alguém que cresceu fazendo arrume-se comigo, não faria sentido deixar a criação nas mãos de outra pessoa”. malu borges

    Com isso, podemos dizer que cada vez mais o que cativa é a autenticidade, a verdade, e o público espera sim, ver essa personalidade na hora de consumir conteúdo. A stylist Yumi Karita concorda, o caminho ideal para se destacar no mercado de moda é através da excentricidade, ousadia e criatividade.

    Por isso, essa troca criativa deve ser feita de maneira estratégica, como uma forma de se posicionar no mercado com a imagem certa, sem deixar de fidelizar seu público – se há um roteiro muito bem definido, que isso pareça o mais natural possível. Uma dupla que conseguiu resultados interessantes com essa matemática foi Pedro Sales e Livia Marques, que mostram produções edgy nas redes da influencer, conseguindo causar fascínio, questionamento e deslumbre, na mesma proporção. 

    E no final, essa colaboração é boa ou ruim? Nem um, nem outro. Tudo depende de como ela é feita. Mas para tirar suas conclusões, é preciso pensar em três pontos: o primeiro é ter em mente que moda é um negócio, as redes sociais são efêmeras, e se destacar é um desafio. Por isso, a colaboração pode ser uma maneira para a criação de um branding pessoal consistente.

    Segundo, o trabalho de styling, como dito, vai além do “vestir alguém”, envolve pesquisa e relacionamento com marcas.

    E terceiro, a autenticidade é um dos pontos de divisão entre quem cria e quem apenas reproduz. Em tempos de fórmulas prontas para driblar o algoritmo temos que sempre ter em mente que é difícil “chegar lá” com uma única cabeça pensante, então até o mais bobo dos conteúdos terá um time por trás, inclusive o mero look do dia, ou melhor, o get ready with me!

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