livros são os mais novos acessórios da moda. e também o mais cool
Na era da inteligência artificial e do consumo rápido de conteúdos nas redes sociais, ler livros nunca foi tão cool.
livros são os mais novos acessórios da moda. e também o mais cool
Na era da inteligência artificial e do consumo rápido de conteúdos nas redes sociais, ler livros nunca foi tão cool.
Os livros viraram o novo “acessório” da moda. Esse objeto cultural inventado por volta do ano 3.200 a.C, tem aparecido em passarelas e campanhas não apenas como itens que as modelos carregam com si como se fosse uma bolsa, mas também em novos clubes do livro e indicações de super designers.
Vimos na estreia de Peter Do para a Helmut Lang livros serem usados como bolsas de mão. Marc Jacobs tem aparecido no seu perfil no Instagram posando com suas leituras mensais enquanto pop stars como Dua Lipa – que recentemente abriu um clube do livro – e Olivia Rodrigo aparecem junto a seus livros favoritos.
“Eu nem sabia quem eram as ‘cool girls’, mas é ótimo que elas entenderam que não há nada mais cool que a Patti Smith”, nos fala a modelo e escritora Michelli Provensi. Para ela, essa é uma tendência muito positiva.
‘‘Mesmo que o livro na foto do Instagram seja apenas um suporte de imagem idealizada, se uma pessoa dentre um milhão de seguidores fizer seu caminho até uma livraria depois daquele post, eu já agradeceria ao influencer.’’ Michelli provensi
Ninguém está descobrindo a pólvora, afinal livros sempre foram fundamentais para a cultura e história humanas.
Porém, no auge do consumo imediatista de conteúdos digitais nas redes sociais, ler livros – principalmente impressos – voltou a ser um grande motivo de interesse da nova geração, que tem feito o passado parecer mais interessante que o futuro distópico dominado pelas novas tecnologias.
BookTok
A comunidade #BookTok no Tik Tok já acumula 95 bilhões de visualizações, sendo hoje uma das principais ferramentas de movimentação da leitura na internet.
Jovens de muitos países postam vídeos indicando suas leituras e autores favoritos, e fazendo resenhas de gêneros diversos.
Na moda, apesar do fenômeno parecer pontual, o namoro com a literatura já acontece há um tempo, como que uma resposta à associação frequente do segmento à futilidade.
Em 2019, o desfile de alta costura da Inverno da Chanel teve uma biblioteca como cenário; em 2021, na coleção Prefall 22 da Dior Men, designer Kim Jones fez uma homenagem ao movimento Beatnik e seu principal representante, o escritor Jack Kerouac. Os modelos desfilaram carregando livros e estampas de capas de livros de Kerouac, sobre uma passarela em formato de manuscrito.
Michelli complementa com outras iniciativas: “Veja o clube do livro da Chanel; Ottessa Moshfegh que escreveu um monólogo para Proenza Schouler; Miranda July que já colaborou com Miu Miu, Hermès, e desfilou para Gucci. Por aqui, escrevi um conto para Misci baseado em uma coleção’’, conta.
‘‘Às vezes escuto de amigos autores: ‘Nossa, que legal, você furou uma bolha’, pelo fato de inserir literatura na moda, mas é algo que já vem acontecendo”.
Não é necessário dizer que livro é o novo preto black ou que ler nunca foi tão cool, pois ler sempre foi cool. A literatura é uma das chaves essenciais da moda, assim como todas as outras vertentes culturais que as marcas e os designers consomem diariamente.
Que seja uma tendência permanente.