FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Aguardado documentário sobre Chelsea Manning estreia no Festival de Tribeca
    Chelsea Manning / Reprodução
    Aguardado documentário sobre Chelsea Manning estreia no Festival de Tribeca
    POR Redação

    Enquanto Chelsea Manning está na prisão, o Festival de Cinema de Tribeca se prepara para a estreia do documentário XY Chelsea, dia 1 de maio.

    O filme vem em boa hora para atrair a atenção para uma pessoa e um caso que não dizem respeito a apenas um país; dizem respeito ao mundo em que vivemos hoje. Chelsea está presa por se negar a testemunhar no caso Wikileaks e tem sido colocada na solitária, onde ficou por 28 dias consecutivos da última vez.

    Em 2010, Chelsea foi condenada a 35 anos na prisão por conta do vazamento de documentos do governo americano para o Wikileaks. Na prisão, ela fez greve de fome em protesto contra a falta de tratamento para sua disforia de gênero e foi finalmente autorizada a iniciar o processo de transição em setembro de 2016. “Quero ser tratada como um ser humano. Quero ser tratada como uma mulher”, diz em uma das cenas. 

    Após cumprir sete anos, teve sua sentença atenuada pelo então presidente Barack Obama, em um de seus últimos atos na Casa Branca. Sua prisão juntou artistas como Michael Stipe e Thurston Moore, que lançaram um álbum online com 100% da renda revertida para que ela pudesse continuar seu processo de transição após ser liberada.

    O documentário é dirigido por Tim Travers Hawkins e tem produção de Laura Poitras, que dirigiu Citizenfour, sobre Edward Snowden que venceu o Oscar na categoria de Melhor Documentário.

    Filmado durante dois anos, XY Chelsea traz entrevistas e cenas de bastidor com Manning, partindo do dia em que ela sai da prisão, em 2017. O documentário a segue em uma jornada de descoberta, incluindo sua corrida ao Senado, enquanto também examina seu lugar na conversa sobre segurança nacional e na luta da comunidade transgênero por direitos e visibilidade.

    Umas das cenas mostra imagens de guerra com a voz de Manning (na época como o soldado Bradley Manning), lembrando de seu tempo como militar. “Havia esse fluxo interminável de violência, morte e destruição… Eu não puxei o gatilho, mas eu coloquei o cara que puxou o gatilho na posição certa”, diz.

    Ativistas e artistas de várias partes do mundo têm prestado solidariedade a Manning, tuitando ou enviando cartas. O perfil @ChelseaResists no Twitter está acompanhando todas as movimentações e em contato direto com seus advogados.

    “Estou chocada que Chelsea Manning esteja mais uma vez presa pelo único ‘crime’ de
    ter uma consciência. Sua coragem diante das forças mais poderosas dos Estados Unidos é inspiradora”, diz Kade Crockford, diretora do programa Technology for Liberty, da União Americana das Liberdades Civis, em Massachusetts. 

    Mas se ela está presa, suas ideias estão livres. Chelsea é uma pessoa de princípios e, segundo seu grupo, deixou claro que, “embora esse tipo de tratamento possa prejudicá-la, e certamente deixará cicatrizes duradouras, ela nunca mudará sua opinião sobre a cooperação com o grande júri”.

     

    XY Chelsea estreia em Tribeca, entra em circuito e depois estreia nas plataformas do canal Showtime no dia 7 de junho.

    Não deixe de ver
    A diversidade não está mais na moda?
    Livro Babado Forte, de Erika Palomino, ganha segunda edição atualizada
    ​Estamos viciados em sumir?
    Estamos fazendo menos sexo?
    Quem não está correndo… está fazendo hot yoga?
    Grupos de corrida: A nova febre que vai além do esporte
    Como o Tiktok vem influenciado o comportamento de pré-adolescentes?
    Você também está obcecado por Nara Smith?
    Como o vape está fazendo jovens fumarem mais
    A relação da Geração Z com a vida noturna
    FFW