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    Projeto Estufa: FFW conversa com Fernando Miró, da MIPINTA, que estreia no SPFW N46
    Projeto Estufa: FFW conversa com Fernando Miró, da MIPINTA, que estreia no SPFW N46
    POR Redação

    Por Rodolfo Vieira

    No último dia do Estufa no SPFW N46, restam mais dois desfiles para encerrar o calendário de desfiles do projeto. Às 14h30, a marca homônima de Victor Hugo Mattos estreia na passarela e abre espaço, em seguida, para Fernando Miró, da MIPINTA.

    + Leia as entrevistas com Pedro KorshiÃOAlufLucas LeãoHelena Pontes e Victor Hugo Mattos.

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    Confira abaixo o nosso bate-papo com o Fernando sobre a sua visão em moda, política e sustentabilidade.

    Qual a importância de integrar a programação do Projeto Estufa?

    Eu fiquei muito feliz com o convite da Dacri Deviati e do SPFW para participar dessa edição do Projeto Estufa, que está sendo importantíssimo para a semana de moda e para a marca.

    O que a sua marca traz de novo ao cenário da moda?

    A MIPINTA traz uma proposta para a moda masculina que a gente ainda não está acostumado a ver nos desfiles aqui do Brasil. Eu falo sempre que a marca é sobre liberdade, então o que ela traz de novo é mais esse lado de que o homem pode vestir peças extravagantes, com cores fortes e formas mais interessantes, sem, necessariamente, usar uma roupa feminina. As roupas desta coleção são bem masculinas, mas ao mesmo tempo bem extravagantes, não tendo essa conotação feminina que o homem, na verdade, rejeita.

    Muitas marcas da sua geração já nascem com posicionamento político e preocupação em relação a sustentabilidade e diversidade. Como você se encaixa nisso?

    As propostas principais da marca tratam sobre a liberação do vestuário masculino e, também, da diversidade, porque prezamos que a roupa pode ser usada por qualquer homem, de qualquer idade, estilo ou cor de pele. No desfile, a gente irá mostrar isso. Então acho que já é um posicionamento político, porque a liberação do homem no sentido de se vestir é algo que ainda foi pouco discutido, já que ele veste as mesmas roupas e tem o mesmo guarda-roupa há muito tempo. Desde o século 19 este guarda-roupa é composto por calça, camisa, blusa e não existe uma variedade tão grande quanto no guarda-roupa feminino. Propomos uma mudança no hábito e costume do guarda-roupa masculino.

    De que forma, na sua visão, a moda pode se reinventar para se manter relevante?

    Acho que quando os criadores passam a pensar na moda como algo menos elitista e mais acessível a todos, eles contribuem para que essa reinvenção se mantenha relevante. Apresentar em uma semana de moda um produto que, por exemplo, eu acho em mercado popular, em lojas de massa e que não propõem uma mudança, isso não reinventa e não traz nada de novo para o mercado. Se a gente se preocupa menos em vestir a elite e se aproximar mais das pessoas e suas necessidades nas roupas do dia a dia, acho que a moda ganha um mercado muito grande, ganha uma atenção maior e as pessoas começam a entender melhor também o que é a moda. O negócio é esse: como a maioria das marcas não falam para todo mundo, falam para nichos muito específicos, acaba que a maioria das pessoas quando vê um desfile de moda não entende para que aquilo serve. Se a gente faz algo novo, mais palpável e que as pessoas se identifiquem, nós conseguimos reinventar este mercado e a visão de moda para uma efetiva revolução e mudança no jeito das pessoas se vestirem.

    Muito se fala hoje de sustentabilidade na moda, mas de que maneira você coloca esse discurso em prática?

    A MIPINTA trabalha na sustentabilidade e no desenvolvimento social das pessoas que trabalham com a gente, porque trabalhamos em uma lógica horizontal, quase em coletivo. Não tem uma hierarquia e trabalhamos para produzir peças de uma moda conceitual e nova, mas que seja acessível para as pessoas. Fugindo da ideia do fast fashion, que escraviza e polui. Acho que é mais nisso: tornando a moda mais aceitável e acessível para fazer o consumo das pessoas tornar-se consciente.

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