O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu aos 63 anos, em São Paulo nesta sexta-feira (29.05), não resistindo a uma luta que travava contra um cancer no pâncreas há nove meses.
Autor de mais de 10 livros e fundador do Catraca Livre, Dimenstein foi uma grande referência para jornalistas, comunicadores e empreendedores das áreas de direitos humanos, meio ambiente e educação. “Sua determinação em construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta página”, diz um post publicado no perfil do Catraca Livre no Instagram.
Dimenstein se formou em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista. Em 1994, publicou O Cidadão de Papel, vencedor dos Prêmios Jabuti e Esso de melhor livro de não-ficção daquele ano. Na obra, o autor busca mostrar o desrespeito aos direitos humanos na nossa sociedade e apresenta uma rede que une o assassinato de crianças, a violência, a fome e a falta de escola com o desenvolvimento da economia, a crise da educação e a falta de emprego.
O Catraca veio em 2009 para reunir na mesma plataforma os eventos culturais gratuitos da cidade de São Paulo, mas sua mensagem naturalmente extrapolou as fronteiras regionais e o veículo virou uma referência para todo o país.
“Ele sempre foi um super apoiador nosso, dos nossos projetos todos, sempre entendeu tudo o que fizemos”, lamenta Paulo Borges, fundador do SPFW. No início deste ano, Dimenstein condecorou Paulo com o Prêmio Cidadão São Paulo, criado para mostrar as pessoas que ajudam a fazer a cidade um espaço mais acolhedor, criativo e democrático.
O FFW lamenta profundamente a morte de uma pessoa que foi um exemplo de ser humano.